Os Batistas

Princípios Batistas

A AUTORIDADE
1- Cristo como Senhor A fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder – como o unigênito filho do Deus Supremo – de sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica à totalidade da vida. Dela procede a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação da lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao seu serviço, fidelidade ao seu reino e a máxima devoção à sua pessoa, como o Senhor vivo.
A suprema fonte de autoridade é o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida está sujeita à sua soberania.

2- As Escrituras A Bíblia fala com autoridade porque é a palavra de Deus. É a suprema regra de fé e prática porque é testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus através da revelação de si mesmo e da redenção, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na obra salvadora de Jesus Cristo. As Escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu domínio. Na sua singular e una revelação da vontade divina para a humanidade, a Bíblia é a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questões de fé cristã e dever moral. O indivíduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução.
A Bíblia como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo é a nossa regra autorizada de fé e prática.

3- O Espírito Santo O Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experiência humana. É Deus revelando sua pessoa e vontade ao homem. O Espírito, portanto, é a voz da autoridade divina. É o Espírito de Cristo, e sua autoridade é a vontade de Cristo. Visto que as Escrituras são produto de homens que, inspirados pelo Espírito, falaram por Deus, a verdade da Bíblia expressa a vontade do Espírito, compreendida pela iluminação do mesmo. Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo, tornando, assim, efetiva a salvação individual, através da obra salvadora de Cristo. Ele habita no coração do crente, como advogado perante Deus e intérprete para o homem. Ele atrai o fiel para a fé e a obediência e, assim, produz na sua vida os frutos da santidade e do amor.
O Espírito procura alcançar vontade e propósito divinos entre os homens. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do reino e santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige uma submissão livre e dinâmica à autoridade de Cristo, e uma obediência criativa e fiel à palavra de Deus.
O Espírito Santo é o próprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto, interpreta e confirma a voz da autoridade divina.


O INDIVÍDUO
1- Seu valor A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem, como indivíduo, é distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo.
A Bíblia revela que Cristo morreu por todos os homens. O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial.
Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

2- Sua competência O indivíduo, porque criado à imagem de Deus, torna-se responsável por suas decisões morais e religiosas. Ele é competente, sob a orientação do Espírito Santo, para formular a própria resposta à chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunhão com Deus, para crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor. Estreitamente ligada a essa competência está a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa descoberta, e partilhar a verdade com outros. Embora não se admita coação no terreno religioso, o cristão não tem a liberdade de ser neutro em questões de consciência e convicção.
Cada pessoa é competente e responsável perante Deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.

3- Sua liberdade Os batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando direitos e convicções alheios; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à propagação de sua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso – é um direito outorgado por Deus.
Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.

A VIDA CRISTÃ
1- A salvação pela graça A graça é a provisão misericordiosa de Deus para a condição do homem perdido. O homem no seu estado natural é egoísta e orgulhoso; ele está na escravidão de Satanás e espiritualmente morto em transgressões e pecados. Devido à sua natureza pecaminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relação a todos, apesar da corrupção moral e da rebelião. A salvação não é o resultado dos méritos humanos, antes emana de propósito e iniciativa divinos. Não vem através de mediação sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericórdia e poder divinos. A salvação do pecado é a dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependimento em relação a Deus, pela fé em Jesus Cristo, e pela entrega incondicional a Ele como Senhor.
A Salvação, que vem através da graça, pela fé, coloca o indivíduo em união vital e transformadora com Cristo, e se caracteriza por uma vida de santidade e boas obras. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcança a salvação, dá certeza e a segurança do perdão contínuo de Deus e de seu auxílio na vida cristã.
A salvação é dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pela fé em Cristo e rendição à soberania divina.

2- As exigências do discipulado O aprendizado cristão inicia-se com a entrega a Cristo, como Senhor. Desenvolve-se à proporção que a pessoa tem comunhão com Cristo e obedece aos seus mandamentos. O discípulo aprende a verdade em Cristo, somente por obedecê-la. Essa obediência exige a entrega das ambições e dos propósitos pessoais e a obediência à vontade do Pai. A obediência levou Cristo à cruz e exige de cada discípulo que tome a própria cruz e siga a Cristo.
O levar a cruz, ou negar-se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discípulo. Este procurará, primeiro, o reino de Deus. Sua lealdade suprema será a Cristo. Ele será fiel em cumprir o mandamento cristão. Sua vida pessoal manifestará autodisciplina, pureza, integridade e amor cristão, em todas as relações que tem com os outros. O discipulado é completo.
As exigências do discipulado cristão estão baseadas no reconhecimento da soberania de Cristo, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obediência e devoção completas.

3- O sacerdócio do crente Cada homem pode ir diretamente a Deus em busca de perdão, através do arrependimento e da fé. Ele não necessita para isso de nenhum outro indivíduo, nem mesmo da igreja. Há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus. Depois de tornar-se crente, a pessoa tem acesso direto a Deus, através de Jesus Cristo. Ela entra no sacerdócio real que lhe outorga o privilégio de servir a humanidade em nome de Cristo. Deverá partilhar com os homens a fé que acalenta e servi-los em nome e no espírito de Cristo. O sacerdócio do crente, portanto, significa que todos os cristãos são iguais perante Deus e na fraternidade da igreja local.
Cada cristão, tendo acesso direto a Deus através de Jesus Cristo, é seu próprio sacerdote e tem a obrigação de servir de sacerdote de Jesus Cristo em benefício de outras pessoas.


4- O cristão e seu lar O lar foi constituído por Deus como unidade básica da sociedade. A formação de lares verdadeiramente cristãos deve merecer o interesse particular de todos. Devem ser constituídos da união de dois seres cristãos, dotados de maturidade emocional, espiritual e física e unidos por um amor profundo e puro. O casal deve partilhar ideais e ambições semelhantes e ser dedicado à criação dos filhos na instrução e disciplina divinas. Isso exige o estudo regular da Bíblia e a prática do culto doméstico. Nesses lares o espírito de Cristo está presente em todas as relações da família.
As igrejas têm a obrigação de preparar jovens para o casamento, treinar e auxiliar os pais nas suas responsabilidades, orientar pais e filhos nas provações e crises da vida, assistir àqueles que sofrem em lares desajustados, e ajudar os enlutados e encanecidos a encontrarem sempre um significado na vida.
O lar é básico, no propósito de Deus, para o bem-estar da humanidade, e o desenvolvimento da família deve ser de supremo interesse para todos os cristãos.

5- O cristão como cidadão O cristão é cidadão de dois mundos – o reino de Deus e o estado político – e deve obedecer à lei de sua pátria terrena, tanto quanto à lei suprema. No caso de ser necessária uma escolha, o cristão deve obedecer a Deus antes que ao homem. Deve mostrar respeito para com aqueles que interpretam a lei e a põem em vigor, e participar ativamente na vida social, econômica e política com o espírito e princípios cristãos. A mordomia cristã da vida inclui tais responsabilidades como o voto, o pagamento de impostos e o apoio à legislação digna. O cristão deve orar pelas autoridades e incentivar outros cristãos a aceitarem a responsabilidade cívica, como um serviço a Deus e à humanidade.
O cristão é cidadão de dois mundos – o reino de Deus e o estado – e deve ser obediente à lei do seu país tanto quanto à lei suprema de Deus.

A IGREJA 
1- Sua natureza No Novo Testamento o termo igreja é usado para designar o povo de Deus na sua totalidade, ou só uma assembléia local. A igreja é uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente chamadas, divinamente criadas, e feitas uma só debaixo do governo soberano de Deus. A igreja como uma entidade local – um organismo presidido pelo Espírito Santo – é uma fraternidade de crentes em Jesus Cristo, que se batizaram e voluntariamente se uniram para o culto, estudo, a disciplina mútua, o serviço e a propagação do evangelho, no local da igreja e até os confins da terra.
A igreja, no sentido lato, é a comunidade fraterna de pessoas redimidas por Cristo e tornadas uma só na família de Deus. A igreja, no sentido local, é a companhia fraterna de crentes batizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e serviço.

2- Seus membros A igreja, como uma entidade, é uma companhia de crentes regenerados e batizados que se associam num conceito de fé e fraternidade do evangelho. Propriamente, a pessoa qualifica-se para ser membro de igreja por ser nascida de Deus e aceitar voluntariamente o batismo. Ser membro de uma igreja local, para tais pessoas, é um privilégio santo e um dever sagrado. O simples fato de arrolar-se na lista de membros de uma igreja não torna a pessoa membro do corpo de Cristo. Cuidado extremo deve ser exercido a fim de que sejam aceitas como membros da igreja somente as pessoas que dêem evidências positivas de regeneração e verdadeira submissão a Cristo.
Ser membro de igreja é um privilégio, dado exclusivamente a pessoas regeneradas que voluntariamente aceitam o batismo e se entregam ao discipulado fiel, segundo o preceito cristão.

3- Suas ordenanças O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja. São símbolos, mas sua observância envolve fé, exame de consciência, discernimento, confissão, gratidão, comunhão e culto. O batismo é administrado pela igreja, sob a autoridade do Deus triúno, e sua forma é a imersão daquele que, pela fé, já recebeu a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Por esse ato o crente retrata a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma vida nova.
A ceia do Senhor, observada através dos símbolos do pão e do vinho, é um profundo esquadrinhamento do coração, uma grata lembrança de Jesus Cristo e sua morte vicária na cruz, uma abençoada segurança de sua volta e uma jubilosa comunhão com o Cristo vivo e seu povo.
O batismo e a ceia do Senhor, as duas ordenanças da igreja, são símbolos da redenção, mas sua observância envolve realidades espirituais na experiência cristã. 


4- Seu governo O princípio governante para uma igreja local é a soberania de Jesus Cristo. A autonomia da igreja tem como fundamento o fato de que Cristo está sempre presente e é a cabeça da congregação do seu povo. A igreja, portanto, não pode sujeitar-se à autoridade de qualquer outra entidade religiosa. Sua autonomia, então, é válida somente quando exercida sob o domínio de Cristo.
A democracia, o governo pela congregação, é forma certa somente à medida que, orientada pelo Espírito Santo, providencia e exige a participação consciente de cada um dos membros nas deliberações do trabalho da igreja. Nem a maioria, nem a minoria, tampouco a unanimidade, reflete necessariamente a vontade divina.
Uma igreja é um corpo autônomo, sujeito unicamente a Cristo, sua cabeça. Seu governo democrático, no sentido próprio, reflete a igualdade e responsabilidade de todos os crentes, sob a autoridade de Cristo.

5- Sua relação para com o estado Tanto a igreja como o estado são ordenados por Deus e responsáveis perante ele. Cada um é distinto; cada um tem um propósito divino; nenhum deve transgredir os direitos do outro. Devem permanecer separados, mas igualmente manter a devida relação entre si e para com Deus. Cabe ao estado o exercício da autoridade civil, a manutenção da ordem e a promoção do bem-estar público.
A igreja é uma comunhão voluntária de cristãos, unidos sob o domínio de Cristo para o culto e serviço em seu nome. O estado não pode ignorar a soberania de Deus nem rejeitar suas leis como a base da ordem moral e da justiça social. Os cristãos devem aceitar suas responsabilidades de sustentar o estado e obedecer ao poder civil, de acordo com os princípios cristãos.
O estado deve à igreja a proteção da lei e a liberdade plena, no exercício do seu ministério espiritual. A igreja deve ao estado o reforço moral e espiritual para a lei e a ordem, bem como a proclamação clara das verdades que fundamentam a justiça e a paz. A igreja tem a responsabilidade tanto de orar pelo estado quanto de declarar o juízo divino em relação ao governo, às responsabilidades de uma soberania autêntica e consciente, e aos direitos de todas as pessoas. A igreja deve praticar coerentemente os princípios que sustenta e que devem governar a relação entre ela e o estado.
A igreja e o estado são constituídos por Deus e perante Ele responsáveis. Devem permanecer distintos, mas têm a obrigação do reconhecimento e reforço mútuos, no propósito de cumprir-se a função divina. 

6- Sua relação para com o mundo Jesus Cristo veio ao mundo, mas não era do mundo. Ele orou não para que seu povo fosse tirado do mundo, mas que fosse liberto do mal. Sua igreja, portanto, tem a responsabilidade de permanecer no mundo, sem ser do mundo. A igreja e o cristão, individualmente, têm a obrigação de opor-se ao mal e trabalhar para a eliminação de tudo que corrompa e degrade a vida humana. A igreja deve tomar posição definida em relação à justiça e trabalhar fervorosamente pelo respeito mútuo, a fraternidade, a retidão, a paz, em todas as relações entre os homens, raças e nações. Ela trabalha confiante no cumprimento final do propósito divino no mundo.
Esses ideais, que têm focalizado o testemunho distintivo dos batistas, choca-se com o momento atual do mundo e em crucial significação. As forças do mundo os desafiam. Certas tendências em nossas igrejas e denominação põem-nos em perigo. Se esses ideais servirem para inspirar os batistas, com o senso da missão digna da hora presente, deverão ser relacionados com a realidade dinâmica de todo o aspecto de nossa tarefa contínua. 
A igreja tem uma posição de responsabilidade no mundo; sua missão é para com o mundo; mas seu caráter e ministério são espirituais. 


A NOSSA TAREFA CONTÍNUA
1- A centralidade do indivíduo Os batistas, historicamente, têm exaltado o valor do indivíduo, dando-lhe um lugar central no trabalho das igrejas e da denominação. Essa distinção, entretanto, está em perigo nestes dias de automatismo e pressões para o conformismo. Alertados para esses perigos, dentro das próprias fileiras, tanto quanto no mundo, os batistas devem preservar a integridade do indivíduo.
O alto valor do indivíduo deve refletir-se nos serviços de culto, no trabalho evangelístico, nas obras missionárias, no ensino e treinamento da mordomia, em todo o programa de educação cristã. Os programas são justificados pelo que fazem pelos indivíduos por eles influenciados. Isso significa, entre outras coisas, que o indivíduo nunca deve ser usado como um meio, nunca deve ser manobrado, nem tratado como mera estatística. Esse ideal exige, antes, que seja dada primordial consideração ao indivíduo, na sua liberdade moral, nas suas necessidades urgentes e no seu valor perante Cristo.
De consideração primordial na vida e no trabalho de nossas igrejas é o indivíduo, com seu valor, suas necessidades, sua liberdade moral, seu potencial perante Cristo.

2- Culto O culto a Deus, pessoal ou coletivo, é a expressão mais elevada da fé e devoção cristã. É supremo tanto em privilégio quanto em dever. Os batistas enfrentam uma necessidade urgente de melhorar a qualidade do seu culto, a fim de experimentarem coletivamente uma renovação de fé, esperança e amor, como resultado da comunhão com o Deus supremo.
O culto deve ser coerente com a natureza de Deus, na sua santidade: uma experiência, portanto, de adoração e confissão que se expressa com temor e humildade. O culto não é mera forma e ritual, mas uma experiência com o Deus vivo, através da meditação e da entrega pessoal. Não é simplesmente um serviço religioso, mas comunhão com Deus na realidade do louvor, na sinceridade do amor e na beleza da santidade.
O culto torna-se significativo quando se combinam, com reverência e ordem, a inspiração da presença de Deus, a proclamação do evangelho, a liberdade e a atuação do Espírito. O resultado de tal culto será uma consciência mais profunda da santidade, majestade e graça de Deus, maior devoção e mais completa dedicação à vontade de Deus.
O culto – que envolve uma experiência de comunhão com o Deus vivo e santo – exige uma apreciação maior sobre a reverência e a ordem, a confissão e a humildade, a consciência da santidade, majestade, graça e propósito de Deus.

3- O ministério cristão A igreja e todos os seus membros estão no mundo a fim de servir. Em certo sentido, cada filho de Deus é chamado como cristão. Há, entretanto, uma falta generalizada no sentido de negar o valor devido à natureza singular da chamada como vocação ao serviço de Cristo. Maior atenção neste ponto é especialmente necessária, em face da pressão que recebem os jovens competentes para a escolha de algum ramo das ciências e, ainda mais devido ao número decrescente daqueles que estão atendendo à chamada divina, para o serviço de Cristo.
Os que são chamados pelo Senhor para o ministério cristão devem reconhecer que o fim da chamada é servir. São, no sentido especial, escravos de Cristo e seus ministros nas igrejas e junto ao povo. Devem exaltar suas responsabilidades, em vez de privilégios especiais. Suas funções distintas não visam à vanglória; antes, são meios de servir a Deus, à igreja e ao próximo.
As igrejas são responsáveis perante Deus por aqueles que elas consagram ao seu ministério. Devem manter padrões elevados para aqueles que aspiram à consagração, quanto à experiência e ao caráter cristãos. Devem incentivar os chamados a procurarem o preparo adequado ao seu ministério.
Cada cristão tem o dever de ministrar ou servir com abnegação completa; Deus, porém, na sua sabedoria, chama várias pessoas de um modo singular para dedicarem sua vida de tempo integral ao ministério relacionado com a obra da igreja.


4- Evangelismo O evangelismo é a proclamação do juízo divino sobre o pecado, e das boas novas da graça divina em Jesus Cristo. É a resposta dos cristãos às pessoas na incidência do pecado, é a ordem de Cristo aos seus seguidores, a fim de que sejam suas testemunhas frente a todos os homens. O evangelismo declara que o evangelho, e unicamente o evangelho, é o poder de Deus para a salvação. A obra de evangelismo é básica na missão da igreja e no mister de cada cristão.
O evangelismo, assim concebido, exige um fundamento teológico firme e uma ênfase perene nas doutrinas básicas da salvação. O evangelismo neotestamentário é a salvação por meio do evangelho e pelo poder do Espírito. Visa à salvação do homem todo; confronta os perdidos com o preço do discipulado e as exigências da soberania de Cristo; exalta a graça divina, a fé voluntária e a realidade da experiência de conversão.
Convites feitos a pessoas não salvas nunca devem desvalorizar essa realidade imperativa. O uso de truques de psicologia das massas, os substitutivos da convicção e todos os esquemas vaidosos são pecados contra Deus e contra o indivíduo. O amor cristão, o destino dos pecadores e a força do pecado constituem uma urgência obrigatória.
A norma de evangelismo exigida pelos tempos críticos dos nossos dias é o evangelismo pessoal e coletivo, o uso de métodos sãos e dignos, o testemunho de piedade pessoal e dum espírito semelhante ao de Cristo, a intercessão pela misericórdia e pelo poder de Deus, e a dependência completa do Espírito Santo. 
O evangelismo, que é básico no ministério da igreja e na vocação do crente, é a proclamação do juízo e da graça de Deus em Jesus Cristo e a chamada para aceitá-lo como Salvador e segui-lo como Senhor. 

5- Missões Missões, como usamos o termo, é a extensão do propósito redentor de Deus através do evangelismo, da educação e do serviço cristão além das fronteiras da igreja local. As massas perdidas do mundo constituem um desafio comovedor para as igrejas cristãs.
Uma vez que os batistas acreditam na liberdade e competência de cada um para as próprias decisões, nas questões religiosas, temos a responsabilidade perante Deus de assegurar a cada indivíduo o conhecimento e a oportunidade de fazer a decisão certa. Estamos sob a determinação divina, no sentido de proclamar o evangelho a toda a criatura. A urgência da situação atual do mundo, o apelo agressivo de crenças e ideologias exóticas, e nosso interesse pelos transviados exigem de nós dedicação máxima em pessoal e dinheiro, a fim de proclamar-se a redenção em Cristo, para o mundo todo.
A cooperação nas missões mundiais é imperativa. Devemos utilizar os meios à nossa disposição, inclusive os de comunicação em massa, para dar o Evangelho de Cristo ao mundo. Não devemos depender exclusivamente de um grupo pequeno de missionários especialmente treinados e dedicados. Cada batista é um missionário, não importa o local onde mora ou posição que ocupa. Os atos pessoais ou de grupos, as atitudes em relação a outras nações, raças e religiões fazem parte do nosso testemunho favorável ou contrário a Cristo, o qual, em cada esfera e relação da vida, deve fortalecer nossa proclamação de que Jesus é o Senhor de todos.
As missões procuram a extensão do propósito redentor de Deus em toda parte, através do evangelismo, da educação, e do serviço cristão e exige de nós dedicação máxima.


6- Mordomia A mordomia cristã é o uso, sob a orientação divina, da vida, dos talentos, do tempo e dos bens materiais, na proclamação do Evangelho e na prática respectiva. No partilhar o Evangelho, a mordomia encontra seu significado mais elevado: ela é baseada no reconhecimento de que tudo o que temos e somos vem de Deus, como uma responsabilidade sagrada.
Os bens materiais em si não são maus, nem bons. O amor ao dinheiro, e não o dinheiro em si, é a raiz de todas as espécies de males. Na mordomia cristã o dinheiro torna-se o meio para alcançar bens espirituais, tanto para a pessoa que dá, quanto para quem recebe. Aceito como encargo sagrado, o dinheiro torna-se não uma ameaça e sim uma oportunidade. Jesus preocupou-se em que o homem fosse liberto da tirania dos bens materiais e os empregasse para suprir tanto às necessidades próprias como as alheias.
A responsabilidade da mordomia aplica-se não somente ao cristão como indivíduo, mas, também, a cada igreja local, cada convenção, cada agência da denominação. Aquilo que é confiado ao indivíduo ou à instituição não deve ser guardado nem gasto egoisticamente, mas empregado no serviço da humanidade e para a glória de Deus.
A mordomia cristã concebe toda a vida como um encargo sagrado, confiado por Deus, e exige o emprego responsável de vida, tempo, talentos e bens – pessoal ou coletivamente – no serviço de Cristo.

7- O ensino e treinamento O ensino e treinamento são básicos na comissão de Cristo para os seus seguidores, constituindo um imperativo divino pela natureza da fé e experiência cristãs. Eles são necessários ao desenvolvimento de atitudes cristãs, à demonstração de virtudes cristãs, ao gozo de privilégios cristãos, ao cumprimento de responsabilidades cristãs, à realização da certeza cristã. Devem começar com o nascimento do homem e continuar através de sua vida toda. São funções do lar e da igreja, divinamente ordenadas. E constituem o caminho da maturidade cristã.
Desde que a fé há de ser pessoal, e voluntária cada resposta à soberania de Cristo, o ensino e treinamento são necessários antecipadamente ao Discipulado Cristão, e a um testemunho vital. Este fato significa que a tarefa educacional da igreja deve ser o centro do programa. A prova do ministério do ensino e treinamento está no caráter semelhante ao de Cristo e na capacidade de enfrentar e resolver eficientemente os problemas sociais, morais e espirituais do mundo hodierno. Devemos treinar os indivíduos a fim de que possam conhecer a verdade que os liberta, experimentar o amor que os transforma em servos da humanidade, e alcançar a fé que lhes concede a esperança no reino de Deus. 
A natureza da fé e experiência cristãs e a natureza e necessidades das pessoas fazem do ensino e treinamento um imperativo.


8- Educação cristã A fé e a razão aliam-se no conhecimento verdadeiro. A fé genuína procura compreensão e expressão inteligente. As escolas cristãs devem conservar a fé e a razão no equilíbrio próprio. Isto significa que não ficarão satisfeitas senão com os padrões acadêmicos elevados. Ao mesmo tempo, devem proporcionar um tipo distinto de educação – a educação infundida pelo espírito cristão, com a perspectiva cristã e dedicada aos valores cristãos.
Nossas escolas cristãs têm a responsabilidade de treinar e inspirar homens e mulheres para a liderança eficiente, leiga e vocacional, em nossas igrejas e no mundo. As igrejas, por sua vez, têm a responsabilidade de sustentar condignamente todas as suas instituições educacionais.
Os membros de igrejas devem ter interesse naqueles que ensinam em suas instituições, bem como naquilo que estes transmitem. Há limites para a liberdade acadêmica; deve ser admitido, entretanto, que os professores das nossas instituições tenham liberdade para erudição criadora, com o equilíbrio de um senso profundo de responsabilidade pessoal para com Deus, a verdade, a denominação, e as pessoas a quem servem.
A educação cristã emerge da relação da fé e da razão e exige excelência e liberdade acadêmicas que são tanto reais quanto responsáveis.

9- A autocrítica Tanto a igreja local quanto a denominação, a fim de permanecerem sadias e florescentes, têm que aceitar a responsabilidade da autocrítica. Seria prejudicial às igrejas e à denominação se fosse negado ao indivíduo o direito de discordar, ou se fossem considerados nossos métodos ou técnicas como finais ou perfeitos. O trabalho de nossas igrejas e de nossa denominação precisa de freqüente avaliação, a fim de evitar a esterilidade do tradicionalíssimo. Isso especialmente se torna necessário na área dos métodos, mas também se aplica aos princípios e práticas históricas em sua relação à vida contemporânea. Isso significa que nossas igrejas, instituições e agências devem defender e proteger o direito de o povo perguntar e criticar construtivamente.
A autocrítica construtiva deve ser centralizada em problemas básicos e assim evitar os efeitos desintegrantes de acusações e recriminações. Criticar não significa deslealdade; a crítica pode resultar de um interesse profundo do bem-estar da denominação. Tal crítica visará ao desenvolvimento à maturidade cristã, tanto para o indivíduo quanto para a denominação.
Todo grupo de cristãos, para conservar sua produtividade, terá que aceitar a responsabilidade da autocrítica construtiva.

Como batistas, revendo o progresso realizado no decorrer dos anos, temos todos inteira razão de desvanecimento ante as evidências do favor de Deus sobre nós. Os batistas podem bem cantar com alegria, “Glória a Deus, grandes coisas Ele fez!” Podem eles também lembrar que aqueles aos quais foi dado o privilégio de gozar de tão alta herança, reconhecidos ao toque da graça, devem engrandecê-la com os seus próprios sacrifícios.

Batistas: Quem somos?


O que é a Convenção Batista Brasileira
A Convenção Batista Brasileira (CBB) é o órgão máximo da denominação batista no Brasil. É a maior convenção batista da América Latina, representando cerca de 7.000 igrejas, 4.000 missões e 1.350.000 fiéis. Como instituição, existe desde 1907, servindo às igrejas batistas brasileiras como sua estrutura de integração e seu espaço de identidade, comunhão e cooperação. É ela que define o padrão doutrinário e unifica o esforço cooperativo dos batistas do Brasil.
Administração
A Convenção Batista Brasileira é administrada por um Conselho Geral, cuja diretoria tem o mandato de 2 anos. Assim como as igrejas locais que a integram, a CBB se rege por estritos padrões democráticos, com ênfase na descentralização decisória e na alternância do poder. O Conselho Geral é o órgão responsável pelo planejamento, a coordenação e o acompanhamento dos programas da CBB e de suas organizações. 
Organização
Para o cumprimento de sua missão no Brasil e no Mundo, os Batistas Brasileiros se organizam de uma forma prática e funcional. Na área de missões opera através da Junta de Missões Mundiais e da Junta de Missões Nacionais. No âmbito da educação teológica atuam na formação ministerial e missionária, os Seminários Teológicos: do Norte e de Educação Cristã (Recife/PE), Equatorial (Belém/PA), do Sul e o Centro Integrado de Educação e Missões (Rio de Janeiro). Há ainda os Colégios Batistas espalhados pelo Território Nacional. Organizações executivas nas áreas do trabalho feminino, masculino e jovem são, respectivamente: a União Feminina Missionária, a União de Homens e a Junta de Mocidade. Como organizações auxiliares, a Ordem dos Pastores, a Associação dos Músicos, a Associação Nacional de Educandários, a Associação de Instituições de Ensino Teológico, a Associação dos Diáconos e a Associação dos Educadores Cristãos.

No que cremos
Jesus Cristo é o Senhor e líder de todas as igrejas batistas no Brasil e no mundo. Interpretada na perspectiva apostólica, a Bíblia é o livro de fé e prática dos batistas. Integralmente baseada na Bíblia, a Declaração Doutrinária dos Batistas Brasileiros contém o conjunto das regras de fé e prática das igrejas filiadas à CBB.
Relações externas
As igrejas e as entidades da CBB pautam-se pela ação evangelizadora, pela conduta ética, pela visão humanitária e beneficente e pela cooperação com todas as causas que exaltam a Deus e dignificam a pessoa humana. Em suas relações com a sociedade civil, as posições da CBB se orientam por um sentido de construção e preservação da justiça, da harmonia e da paz sociais. Em nível mundial, a CBB é uma das convenções nacionais filiadas à Aliança Batista Mundial (AMB).
Futuro
Entendendo que a riqueza e a felicidade das nações dependem de uma sólida base espiritual bíblico-cristã, a CBB empenha-se em plantar na sociedade as sementes da verdadeira educação para a paz. Face aos graves problemas contra os quais a humanidade se debate, os batistas brasileiros postulam que as respostas transformadoras só podem ser alcançadas por meio do Evangelho de Jesus Cristo.

Síntese
Na perspectiva da História e das tradições batistas, a CBB se caracteriza pelos seguintes princípios:
. Liberdade religiosa
. Governo democrático
. Estrutura congregacional
. Ação cooperativa
. Visão missionária
. Fidelidade bíblica
. Padrão doutrinário
. Responsabilidade social

Nossa História

Quem somos como Batistas

Somos um povo que vem de longe, com muitos nomes, de muitas perseguições, de muitas lutas, mas construindo uma bela história de fé, de doutrina e de princípios. Você os conhecerá nos conteúdos dos documentos que disponibilizamos neste Portal.
Somos o povo da Bíblia, a Palavra Infalível e Eterna de Deus. Cremos em Deus Pai, santo, justo, criador, e sustentador de todas as coisas. Cremos no Deus Filho Jesus Cristo, Salvador e Senhor de nossas vidas e almas e no Deus Espirito Santo, o Consolador que nos guia em tudo quanto Jesus ensinou.
Com o nome de Batista existimos desde 1612, quando Thomas Helwys de volta da Holanda, onde se refugiara da perseguição do Rei James I da Inglaterra, organizou com os que voltaram com ele, uma igreja em Spitalfields arredores de Londres.
Thomas Helwys, que era advogado e estudioso da Bíblia, ao escrever um livro intitulado " Uma Breve Declaração Sobre o Mistério da Iniquidade", foi preso e morreu na prisão, em 1615.
No referido livro, ele escreveu aquilo que é um dos mais caros princípios batistas, o principio da liberdade religiosa e de consciência :"... a religião do homem está entre Deus e ele: o rei não tem que responder por ela e nem pode o rei ser juiz entre Deus e o homem. Que haja, pois, heréticos, turcos ou judeus, ou outros mais, não cabe ao poder terreno puni-los de maneira nenhuma".
Nossas igrejas adotam a forma de governo Congregacional Democrático. São Igrejas autônomas e locais. Relacionam-se umas com as outras pela mesma fé e ordem, de forma cooperativa e por laços fraternais.
Crêem na conversão pessoal de cada crente a Jesus Cristo, no exercício de sua responsabilidade individual e que é aceito pela Igreja por batismo por imersão e mediante confissão da sua fé em Jesus Cristo como salvador pessoal. Portanto. Não aceitam e nem praticam o batismo infantil. Realizam seus objetivos comuns pela cooperação voluntária, na forma de associação de Igrejas ou de convenções, como é o caso da Convenção Batista Brasileira.

A Convenção Batista Brasileira

Sua Origem
Em 1882, quando foi organizada a Primeira Igreja Batista, voltada para a evangelização do Brasil, já existiam duas outras igrejas batistas, organizadas por imigrantes norte-americanos, residentes na região de Santa Bárbara do D'Oeste e Americana, São Paulo.
Os casais de missionários batistas norte-americanos, recém chegados ao Brasil, Willian Buck Bagby e Anne Luther Bagby, os pioneiros; e Zacharias Clay Taylor, Kate Stevens Crawford Taylor, auxiliados pelo ex-padre Antônio Texeira de Albuquerque, batizado em Santa Bárbara D'Oeste; decidiram iniciar a sua missão na cidade de Salvador, Bahia, com 250.000 habitantes. Ali chegaram no dia 31 de agosto de 1882 e no dia 15 de outubro, organizaram a PIB do Brasil com 5 membros; os dois casais de missionárias e o ex-padre Antônio Teixeira.

Este foi o início
Nos primeiros vinte e cinco (25) anos de trabalho, Bagby e Taylor auxiliados por outros missionários e, por um número crescente de brasileiros, evangelistas e pastores, já tinham organizado 83 igrejas, com aproximadamente 4.200 membros.

Organização da Convenção

Segundo José dos Reis Pereira, Salomão Ginsburg foi a primeira pessoa a pensar na organização de uma Convenção Nacional dos Batistas Brasileiros.
Mas, somente em 1907, a idéia foi concretizada. A. B. Deter, Zacharias Taylor e Salomão Ginsburg concordaram em dar prosseguimento ao plano. Eles conseguiram a adesão de outros missionários e de líderes brasileiros, inclusive Francisco Fulgêncio Soren, que tinha, inicialmente, algumas reservas.


A comissão organizadora optou pela data de 22 de junho de 1907 para organizar a Convenção, na cidade de Salvador, quando transcorreriam os primeiros 25 anos do início do trabalho batista brasileiro, também começado na referida cidade.
No dia aprazado, no prédio do ALJUBE, onde funcionava a PIB de Salvador, em sessão solene, foi realizada a primeira Assembléia da Convenção Batista Brasileira, composta de 43 mensageiros enviados por Igrejas e organizações. A casa estava cheia. O clima era de festa, celebrando o que Deus fizera a partir daquele início tão pequeno!
Criada a Convenção, foi eleita sua primeira diretoria: Presidente - Francisco Fulgêncio Soren; 1º Vice-presidente - Joaquim Fernandes Lessa - 2º Vice-presidente - João Borges da Rocha; 1º Secretário - Teodoro Rodrigues Teixeira; 2º Secretário - Manuel I. Sampaio; Tesoureiro - Zacharias Taylor. A motivação básica da criação da Convenção foi missões e falava-se na evangelização de Portugal, do Chile e da África. Foram criadas além das duas Juntas Missionárias, Missões Nacionais e Missões Estrangeiras (hoje Missões Mundiais) outras juntas: para a Casa Publicadora Batista, para Escola Bíblica Dominical, para União de Mocidade Batista, para Educação e Seminário, e para a Administração do Seminário. Ao todo 7 Juntas. 
As áreas de Missões, Educação Religiosa e Publicações, Educação Teológica e Educação, foram as que receberam maior atenção dos convencionais.

Os Batistas e as Missões
Missões locais, nacionais e mundiais empolgaram o coração do povo batista brasileiro e a obra se expandiu por todo o território pátrio e se espalhou pelo mundo, como se pode ver hoje.

Os Batistas e a Educação
A educação é uma marca visível do povo batista.  Sua paixão pelo estudo da Bíblia desenvolveu o interesse pela educação religiosa, cultivada nas igrejas através das organizações de treinamento e da EBD. Os templos se tornaram verdadeiros complexos educacionais.
Com a Educação Religiosa veio a Educação Teológica.  Inicialmente através de aulas dadas pelos missionários em suas casas, depois surgiram os Seminários: Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, organizado em Recife, PE, por Salomão Ginsburg, em 1º de abril de 1902, e o Seminário Teológico Batista do Sul, fundado pelo missionário John Watson Shepard, na cidade do Rio de Janeiro, 1908.
A estes dois Seminários, formam agregados dezenas de outros espalhados por todo o país, com  milhares de alunos.
A Educação chamada de geral, ou secular, teve a mesma origem, o desejo de abrir oportunidades para o estudo da juventude e, de criar uma escola com capacidade para exercer influência sobre a sociedade brasileira.
O Colégio Taylor Egídio fundado em Salvador pela senhora Laura Taylor e pelo Capitão Egídio Pereira de Almeida foi o primeiro a vingar.   Em  1922 ele foi transferido para a cidade de Jaguaquara, onde existe até hoje.  (4)
Depois dele, e por causa dele, vieram o Colégio Batista Brasileiro de São   Paulo; Colégio Americano Batista do Recife;  Instituto Batista Industrial em Corrente, Piauí; Colégio Americano, em Vitória; Colégio Batista Shepard no Rio de  Janeiro; Colégio Batista Alagoano em Alagoas;  Colégio Batista  Fluminense em Campos, RJ; Colégio Batista Mineiro, em Belo Horizonte.  Além destes Colégios dezenas de outros foram organizados com a ajuda dos missionários ou por iniciativa de igrejas, Convenções estaduais e de particulares batistas.   A contribuição dos batistas na área educacional é realmente notável, considerando tanto a qualidade quanto a quantidade. Hoje, perto de dois milhões de brasileiros, já passaram pelas escolas batistas.

Lutas e Problemas
Nem tudo são flores na caminhada da obra batista do Brasil e da Convenção.  Ela tem atravessado problemas administrativos sérios, ameaças de divisão, e questões doutrinárias.  Porém tornou-se centro de vida batista brasileira e da motivação do trabalho realizado em todo o território nacional.

A Convenção é um fator de Convergência e de União

As igrejas se filiam à Convenção voluntariamente, aceitam sua declaração doutrinária e seu programa cooperativo e se comprometem a apoiar e trabalhar pela expansão do Reino de Deus no Brasil, no mundo.
Unidos em torno da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e da pregação do Evangelho, as 6.000 igrejas cooperantes ampliam seu raio de ação inclusive, pela organização de cerca de centenas de igrejas cada ano e pela evangelização de milhares de pessoas que se convertem e são batizadas.
A Convenção tem encontrado na cooperação dos pastores e leigos, homens e mulheres, na submissão ao Espírito Santo, sabedoria para organizar seus planos e aceitar os desafios da comunicação do evangelho.

A  Convenção Batista Brasileira comemorou em 1997 90 anos
Os batistas brasileiros podem agradecer a Deus pela realidade que é a CBB e celebrar sua existência com alegria. Estamos celebrando aquilo que é mais forte na denominação,  o espírito cooperativo, motivado e alimentado pela Convenção, que coloca diante das igrejas de forma realçada, os objetivos do serviço e da adoração a Deus.  Lembrando permanentemente a missão de pregar o Evangelho até os confins da terra.
Noventa anos de histórias e de lições, que abrem caminho para o futuro de  união, cooperação e de serviço para a glória de Deus.


A história nos diz que podemos, com confiança em Deus, prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação, de continuar servindo a Deus, por nosso Senhor  Jesus Cristo (Fil. 3:14).

Chegar ao início do século XXI e do 3º milênio com desafios audaciosos em seu planejamento e seus realizados,  como é o caso do Portal Batista,  que você está  visitando e que o manterá informado quanto a contribuição que ela continua dando ao povo batista e ao povo brasileiro.

A história mundial dos Batista pode ser contada
a partir de duas raízes principais:
» Das suas doutrinas;
» Do surgimento no cenário mundial com o nome Batista.

Considerando as Raízes Doutrinárias

Considerando as Raízes Doutrinárias, os Batistas saem diretamente das páginas do Novo Testamento: dos lábios e ensinos de Jesus e dos apóstolos e tem sua trajetória marcada pela oposição a toda corrupção da doutrina cristã claramente exposta no Novo Testamento.


Ao consultar a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira você verá que as nossas doutrinas saem, com clareza límpida, das Sagradas Escrituras.

A corrupção de algumas doutrinas e práticas do cristianismo começaram a surgir muito cedo em sua história, como pode ser constatado nos escritos dos apóstolos. Esta corrupção foi se ampliando após a "conversão" do Imperador Constantino ( 306 a 337) ao cristianismo, ocorrida a partir de 312 quando incorporou a cruz ao seu estandarte e passou a favorecer os cristãos.

Muitos destes resistentes rejeitavam as inovações doutrinárias e as praticas e por isso foram perseguidos, exilados e mortos. Eles mantiveram acesas as doutrinas cristãs genuínas e possibilitaram, que através dos tempos, outros se levantassem na Idade Média como Cláudio de Turim, Pedro de Bruys e Henrique de Lausanne, Pedro Vado João Wycleffe, João Huss e muitos outros.

Com o surgimento da Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero, e deflagrada em 31 de outubro de 1517 quando da publicação das suas famosas 95 teses, na porta do Castelo de Wittenberg, criou-se a oportunidade de que muitos grupos dissidentes intensificassem suas pregações, e entre eles os chamados Anabatistas que sustentavam muitas doutrinas que os batistas esposam e representavam o grupo mais ativo e poderoso daquele momento. O nome que lhes foi dado Anabatistas "significa os rebatizadores".

Finalmente, 1608 um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa, liderados por John Smyth que era pregador e Thomas Helwys que era advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrina batista, como era o sonho dos dois lideres.

John Smyth batizou-se por imersão e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja organizada, tendo como espelho as doutrinas do Novo Testamento inclusive o batismo por imersão e mediante a profissão de fé em Jesus Cristo.

Com a morte de John Smyth logo depois, e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada se desfez e parte dos seus membros se uniram aos menonitas.

A Nossa História no Brasil e no Mundo

Considerando as raízes do nome batista 
A história começa com a organização da Igreja em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612, por Thomas Helwys e seus seguidores, já batizados na Igreja em Amsterdã. É esta Igreja, que agora inicia a linhagem de igrejas batistas que começam a crescer na Inglaterra sob severa perseguição por dissentirem da igreja oficial, a Igreja Anglicana.


A perseguição aos batistas e a outros grupos separatistas, os levou a várias partes do mundo, e em especial às colônias da América do Norte, em busca da liberdade religiosa.

Dois ilustres homens são considerados fundadores das igrejas Batistas em solo americano, Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também  em Rods Island e conhecida desde 1648. Os batista se espalharam pelas diversas colônias da América do Norte e fora influentes na formação da constituição americana de 1781.

A expansão dos Batistas no mundo.
Em 1791, um jovem pastor inglês chamado William Carey sentindo forte compaixão pelas multidões pagãs da Índia, decidiu iniciar com o apoio de vários pastores, um movimento para o envio de missionário  àquelas terras. Assim foi criada a Sociedade de Missões no Estrangeiro, que tem tido uma participação muito grande na expansão da obra Batista na Ásia e África além de outros continentes e inclusive no Brasil.
Por sua vez, os Batistas Norte Americanos foram grandemente motivados a evangelizar o mundo. Um jovem casal de missionários Adoniram  e Ana Judson enviados em 1812 pela Igreja Congregacional, para evangelizar a Índia, com destino a Calcutá, examinando a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, a doutrino do batismo, já que iriam se encontrar com o missionário Batista William Carey e seu grupo de pastores, acabou por concluir que os batista estavam certos. Eles foram batizados pelo Pastor William Ward companheiro de Carey. O mesmo fato aconteceu com outro missionário Congregacional, também enviado a Índia, Luther Rice, que igualmente foi batizado, tornando-se Batista.

Eles decidiram que Adoniram Judson permaneceria no Oriente e Luther Raice voltaria aos Estados Unidos para mobilizar os Batistas para a obra missionaria. Seu trabalho vingou e em maio de 1814, foi funda uma Convenção em Filadélfia com o nome de “” Convenção Geral da Denominação Batista nos Estados Unidos para Missões no Estrangeiro”.

A partir daí, a obra missionária dos batistas iniciou um gigantesco crescimento. Chegando inclusive, através dos Batistas do Sul dos Estados Unidos, o Brasil. onde foi organizada, no dia 15 outubro de 1882, a Primeira Igreja Batista para Brasileiros em nossa terra e, deste trabalho, é que surgiu a Convenção Batista Brasileira.

Hoje os Batista estão presentes, em cerca de 200 países e representam uma população de perto de quarenta  milhões de membros e atingem cerca de cem milhões de pessoas no mundo inteiro.

Portal Batista - Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira
INTRODUÇÃO
Os discípulos de Jesus Cristo que vieram a ser designados pelo nome batista se
caracterizavam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades,
como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas
pessoas eram por eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na
infância por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas não podiam ter
consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições eles
estavam bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A
mesma fundamentação tinham todas as outras doutrinas que professavam. Mas sua exigência
de batismo só de convertidos é que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, daí
derivando a designação “batista” que muitos supõem ser uma forma simplificada de
“anabatista”, “aquele que batiza de novo”.
A designação surgiu no século 17, mas aqueles discípulos de Jesus Cristo estavam
espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos
ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e
corrupções de origem humana.
Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:
1º) A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta.
2º) O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada
de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas.
3º) A separação entre igreja e Estado.
4º) A absoluta liberdade de consciência.
5º) A responsabilidade individual diante de Deus.
6º) A autenticidade e apostolicidade das igrejas.
Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Não
havendo nenhum poder que possa constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus,
manifestada através de seu Santo Espírito, os batistas, baseados nesse princípio da
cooperação voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram
pioneiros entre os evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de educação
teológica, religiosa e secular; de ação social e de beneficência. Para a execução desses fins,
organizam associações regionais e convenções estaduais e nacionais, não tendo estas, no
entanto, autoridade sobre as igrejas; devendo suas resoluções ser entendidas como sugestões
ou apelos.
Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única
regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas
declarações doutrinárias que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem posições.
Cremos estar vivendo um momento assim no Brasil, quando uma declaração desse tipo deve
ser formulada, com a exigência insubstituível de ser rigorosamente fundamentada na Palavra
de Deus. É o que faz agora a Convenção Batista Brasileira, nos 19 artigos que seguem:
I- Escrituras Sagradas
A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana.1 É o registro da revelação que Deus fez
de si mesmo aos homens.2 Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens
inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo.3 Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus,
levar os pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus.4 Seu conteúdo
é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina.5 Revela
o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus julgará todos os homens.6 A Bíblia é a
autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e
a conduta dos homens.7 Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de
Jesus Cristo.8
1 Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; 1Pe 1.25; 2Pe 1.21
2Is 40.8; Mt 22.29; Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 16.29; 24.44,45; Rm 16.25,26; 1Pe 1.25
3 Ex 24.4; 2Sm 23.2; At 3.21; 2Pe 1.21
4 Lc 16.29; Rm 1.16; 2Tm 3.16,17; 1Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm 15.4
5 Sl 19.7-9; 119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2Tm 3.15-17
6 Jo 12.47,48; Rm 2.12,13
7 2Cr 24.19; Sl 19.7-9; Is 8.20; 34.16; Mt 5.17,18; At 17.11; Gl 6.16; Fp 3.16; 2Tm 1.13
8 Lc 24.44,45; Mt 5.22,28,32,34,39; 11.29,30; 17.5; Jo 5.39,40; Hb 1.1,2; Jo 1.1,2,14


II- Deus
O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente,
onisciente, e onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade e amor.1 Ele é o criador,
sustentador, redentor, juiz e Senhor da história e do universo, que governa pelo seu poder,
dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno propósito e graça.2 Deus é infinito
em santidade e em todas as demais perfeições.3 Por isso, a ele devemos todo o amor, culto e
obediência.4 Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo,
pessoas distintas mas sem divisão em sua essência.5
1 Dt 6.4; Jr 10.1; Sl 139; 1Co 8.6; 1Tm 1.17; 2.5,6; Ex 3.14; 6.2,3; Is 43.15; Mt 6.9; Jo 4.24; Ml
3.6; Tg 1.17; 1Pe 1.16,17
2 Gn 1.1; 17.1; Ex 15.11-18; Is 43.3; At 17.24-26; Ef 3.11; 1Pe 1.17
3 Ex 15.11; Is 6.1,2; 57.15; J34.10
4 Mt 22.37; Jo 4.23,24; 1Pe 1.15,16
5 Mt 28.19; Mc 1.9-11; 1Jo 5.7; Rm 15.30; 2Co 13.13; Fp 3.3
1- Deus Pai
Deus, como Criador, manifesta disposição paternal para com todos os homens.1
Historicamente ele se revelou primeiro como pai ao povo de Israel, que escolheu consoante os
propósitos de sua graça.2 Ele é Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este
mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por adoção.3 Aqueles que aceitam a
Jesus Cristo e nele creem são feitos filhos de Deus, nascidos pelo seu Espírito, e, assim,
passam a tê-lo como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina.4
1 Is 64.8; Mt 6.9; 7.11; At 17.26-29; 1Co 8.6; Hb 12.9
2 Ex 4.22,23; Dt 32.6-18; Is 1.2,3; 63.16; Jr 31.9
3 Sl 2.7; Mt 3.17; 17.5; Lc 1.35; Jo 1.12
4 Mt 23.9; Jo 1.12,13; Rm 8.14-17; Gl 3.26; 4.4-7; Hb 12.6-11
2- Deus Filho
Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus.1 Nele, por ele e para ele
foram criadas todas as coisas.2 Na plenitude dos tempos ele se fez carne, na pessoa real e
histórica de Jesus Cristo, gerada pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, sendo, em
sua pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.3 Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a
revelação suprema de Deus ao homem.4 Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e
revelou e obedeceu toda a vontade de Deus.5 Identificou-se perfeitamente com os homens,
sofrendo o castigo e expiando a culpa de nossos pecados, conquanto ele mesmo não tivesse
pecado.6 Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu
dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus,
onde, à destra do Pai, exerce o seu eterno sumo sacerdócio.7 Jesus Cristo é o único Mediador
entre Deus e os homens e o único e suficiente Salvador e Senhor.8 Pelo seu Espírito ele está
presente e habita no coração de cada crente e na igreja.9 Ele voltará visivelmente a este
mundo em grande poder e glória, para julgar os homens e consumar sua obra redentora.10
1 Sl 2.7; 110.1; Mt 1.18-23; 3.17; 8.29; 14.33; 16.16,27; 17.5; Mc 1.1; Lc 4.41; 22.70; Jo 1.1,2;
11.27; 14.7-11; 16.28
2 Jo 1.3; 1Co 8.6; Cl 1.16,17
3 Is 7.14; Lc 1.35; Jo 1.14; Gl 4.4,5
4 Jo 14.7-9; Mt 11.27; Jo 10.30,38; 12.44-50; Cl 1.15,19; 2.9; Hb 1.3
5 Is 53; Mt 5.17; Hb 5.7-10
6 Rm 8.1-3; Fp 2.1-11; Hb 4.14,15; 1Pe 2.21-25
7 At 1.6-14; Jo 19.30,35; Mt 28.1-6; Lc 24.46; Jo 20.1-20; At 2.22-24; 1Co 15.4-8
8 Jo 14.6; At 4.12; 1Tm 2.4,5; At 7.55,56; Hb 4.14-16; 10.19-23
9 Mt 28.20; Jo 14.16,17; 15.26; 16.7; 1Co 6.19
10 At 1.11; 1Co 15.24-28; 1Ts 4.14-18; Tt 2.13
3- Deus Espírito Santo
O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é pessoa divina.1 É o Espírito da
verdade.2 Atuou na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem as Sagradas
Escrituras.3 Ele ilumina os homens e os capacita a compreenderem a verdade divina.4 No dia
de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do
Espírito Santo, ele se manifestou de maneira singular, quando os primeiros discípulos foram
batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo que é a Igreja. Suas outras
manifestações, constantes no livro Atos dos Apóstolos, confirmam a evidência de
universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que creem em Cristo.5 O recebimento do
Espírito Santo sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os
integra, regenerados pelo Espírito, à igreja.6 Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica.7
Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.8 Opera a regeneração do pecador
perdido.9 Sela o crente para o dia da redenção final.10 Habita no crente.11 Guia-o em toda a
verdade.12 Capacita-o a obedecer a vontade de Deus.13 Distribui dons aos filhos de Deus
para a edificação do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo.14 Sua plenitude e
seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e
testemunhante.15
1 Gn 1.2; J23.13; Sl 51.11; 139.7-12; Is 61.1-3; Lc 4.18,19 ; Jo 4.24; 14.16,17; 15.26; Hb 9.14;
1Jo 5.6,7; Mt 28.19
2 Jo 16.13; 14.17; 15.26
3 Gn 1.2; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21
4 Lc 12.12; Jo 14.16,17,26; 1Co 2.10-14; Hb 9.8
5 Jl 2.28-32; At 1.5; 2.1-4; 24.29; At 2.41; 8.14-17; 10.44-47; 19.5-7; 1Co 12.12-15
6 At 2.38,39; 1Co 12.12-15
7 Jo 14.16,17; 16.13,14
8 Jo 16.8-11
9 Jo 3.5; Rm 8.9-11
10 Ef 4.30
11 Rm 8.9-11
12 Jo 16.13
13 Ef 5.16-25
14 1Co 12.7,11; Ef 4.11-13
15 Ef 5.18-21; Gl 5.22,23; At 1.8
III- O Homem
Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à sua imagem e conforme a sua semelhança
e disso decorrem o seu valor e dignidade.1 Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo
pó há de voltar.2 Seu espírito procede de Deus e para ele retornará.3 O criador ordenou que o
homem domine, desenvolva e guarde a obra criada.4 Criado para a glorificação de Deus.5 Seu
propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir sua
divina vontade.6 Ser pessoal e espiritual, o homem tem capacidade de perceber, conhecer e
compreender, ainda que em parte, intelectual e experimentalmente, a verdade revelada, e
tomar suas decisões em matéria religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de
qualquer poder humano, seja civil ou religioso.7
1 Gn 1.26-31; 18.22; 9.6; Sl 8.1-9; Mt 16.26
2 Gn 2.7; 3.19; Ec 3.20; 12.7
3 Ec 12.7; Dn 12.2,3
4 Gn 1.21; 2.1; Sl 8.3-8
5 At 17.26-29; 1Jo 1.3,6,9
6 Jr 9.23,24; Mq 6.8; Mt 6.33; Jo 14.23; Rm 8.38,39
7 Jo 1.4-13; 17.3; Ec 5.14,17; 1Tm 2.5; J19.25,26; Jr 31.3; At 5.29; Ez 18.20; Dn 12.2; Mt
25.32,46; Jo 5.29; 1Co 15; 1Ts 4.16,17; Ap 20.11-15
IV- O Pecado
No princípio o homem vivia em estado de inocência e mantinha perfeita comunhão com Deus.
Mas, cedendo à tentação de Satanás, num ato livre de desobediência contra seu Criador, o
homem caiu no pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado.2 Em
consequência da queda de nossos primeiros pais, todos somos, por natureza, pecadores e
inclinados à prática do mal.3 Todo pecado é cometido contra Deus, sua pessoa, sua vontade e
sua lei.4 Mas o mal praticado pelo homem atinge também o seu próximo.5 O pecado maior
consiste em não crer na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, como salvador pessoal.6
Como resultado do pecado, da incredulidade e da desobediência do homem contra Deus, ele
está sujeito à morte e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria
criação de Deus.7 Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de salvar-se a si
mesmo e assim depende da graça de Deus para ser salvo.8
1 Gn 2.15-17; 3.8-10; Ec 7.29
2 Gn 3; Rm 5.12-19; Ef 2.12; Rm 3.23
3 Gn 3.12; Rm 5.12; Sl 51.5; Is 53.6; Jr 17.5; Rm 1.18-27; 3.10-19; 7.14-25; Gl 3.22; Ef 2.1-3
4 Sl 51.4; Mt 6.14; Rm 8.7-22
5 Mt 6.14,15; 18.21-35; 1Co 8.12; Tg 5.16
6 Jo 3.36; 16.9; 1Jo 5.10-12
7 Rm 5.12-19; 6.23; Ef 2.5; Gn 3.18; Rm 8.22
8 Rm 3.20; Gl 3.10,11; Ef 2.8,9
V- Salvação
A salvação é outorgada por Deus pela sua graça, mediante arrependimento do pecador e da
sua fé em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor.1 O preço da redenção eterna do crente
foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz.2 A salvação
é individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser.3 É um dom gratuito que
Deus oferece a todos os homens e que compreende a regeneração, a justificação, a
santificação e a glorificação.4
1 Sl 37.39; Is 55.5; Sf 3.17; Tt 2.9-11; Ef 2.8,9; At 15.11; 4.12
2 Is 53.4-6; 1Pe 1.18-25; 1Co 6.20; Ef 1.7; Ap 5.7-10
3 Mt 16.24; Rm 10.13; 1Ts 5.23,24; Rm 5.10
4 Rm 6.23; Hb 2.1-4; Jo 3.14; 1Co 1.30; At 11.18
A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer de novo o pecador perdido,
dele fazendo uma nova criatura em Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe
o perdão, a justificação, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito Santo.
Nesse ato o novo crente é batizado no Espírito Santo, é por ele selado para o dia da redenção
final e é liberto do castigo eterno dos seus pecados.1 Há duas condições para o pecador ser
regenerado: arrependimento e fé. O arrependimento implica mudança radical do homem
interior, por força do que ele se afasta do pecado e se volta para Deus. A fé é a confiança e
aceitação de Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da personalidade a ele por parte do
pecador.2 Nessa experiência de conversão o homem perdido é reconciliado com Deus, que lhe
concede perdão, justiça e paz.3
1 Dt 30.6; Ez 36.26; Jo 3.3-5; 1Pe 1.3; 2Co 5.17; Ef 4.20-24
2 Tt 3.5; Rm 8.2; Jo 1.11-13; Ef 4.32; At 11.17
3 2Co 1.21,22; Ef 4.30; Rm 8.1; 6.22
A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é o ato pelo qual Deus,
considerando os méritos do sacrifício de Cristo, absorve, no perdão, o homem de seus pecados
e o declara justo, capacitando-o para uma vida de retidão diante de Deus e de correção diante
dos homens.1 Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras meritóritas praticadas
pelo homem mas por meio de sua fé em Cristo.2
1 Is 53.11; Rm 8.33; 3.24
2 Rm 5.1; At 3.19; Mt 9.6; 2Co 5.21; 1Co 1.30
A santificação é o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à realização dos
propósitos de Deus para sua vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e
espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que nele habita.1
Ela ocorre na medida da dedicação do crente e se manifesta através de um caráter marcado
pela presença e pelo fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço
consagrado a Deus e ao próximo.2
1 Jo 17.17; 1Ts 4.3; 5.23; 4.7
2 Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 2.12,13; 2Co 7.1; 3.18; Hb 12.14; Rm 6.19; Gl 5.22; Fp.1.9-11
A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação.1 É o estado final, permanente, da
felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo.2
1 Rm 8.30; 2Pe 1.10,11; 1Jo 3.2; Fp 3.12; Hb 6.11
2 1Co 13.12; 1Ts 2.12; Ap 21.3,4
VI- Eleição
Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida
eterna, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza da sua graça.1 Antes da criação do
mundo, Deus, no exercício da sua soberania divina e à luz de sua presciência de todas as
coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos,
aceitariam livremente o dom da salvação.2 Ainda que baseada na soberania de Deus, essa
eleição está em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens.3 A
salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de
Deus.4 Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em
Cristo Jesus.5 O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como filhos de Deus, a
eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da
salvação.6
1 Gn 12.1-3; Ex 19.5,6; Ez 36.22,23,32; 1Pe 1.2; Rm 9.22-24; 1Ts 1.4
2 Rm 8.28-30; Ef 1.3-14; 2Ts 2.13,14
3 Dt 30.15-20; Jo 15.16; Rm 8.35-39; 1Pe 5.10
4 Jo 3.16,36; Jo 10.28,29; 1Jo 2.19
5 Mt 24.13; Rm 8.35-39
6 Jo 10.28; Rm 8.35-39; Jd 24
VII- Reino de Deus
O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é eterno.1 É também o domínio
de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, aceitando-o
como Senhor e Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regenerados que opera no mundo
e se manifesta pelo testemunho dos seus súditos.2 A consumação do reino ocorrerá com a
volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente
vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus.3
1 Dn 2.37-44; Is 9.6,7
2 Mt 4.17; Lc 17.20; 4.43; Jo 18.36; 3.3-5
3 Mt 25.31-46; 1Co 15.24; Ap 11.15
VIII- Igreja
Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É
nesse sentido que a palavra “igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do
Novo Testamento.1 Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com
finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos
ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho.2 As
igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se
regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de Deus,
sob a orientação do Espírito Santo.3 Há nas igrejas, segundo as Escrituras, duas espécies de
oficiais: pastores e diáconos. As igrejas devem relacionar-se com as demais igrejas da mesma
fé e ordem e cooperar, voluntariamente, nas atividades do reino de Deus. O relacionamento
com outras entidades, quer seja de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a
violação da consciência ou o comprometimento da lealdade a Cristo e sua palavra. Cada igreja
é um templo do Espírito Santo.4 Há também no Novo Testamento um outro sentido da palavra
“igreja”, em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de todos os tempos,
estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do
Senhor, do qual ele mesmo é a cabeça. Sua unidade é de natureza espiritual e se expressa
pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos
comuns do reino de Deus.5
1 Mt 18.17; At 5.11; 20.17-28; 1Co 4.17
2 At 2.41,42
3 Mt 18.15-17
4 At 20.17,28; Tt 1.5-9; 1Tm 3.1-13
5 Mt 16.18; Cl 1.18; Hb 12.22-24; Ef 1.22,23
IX- O Batismo e a Ceia do Senhor
O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio
Jesus Cristo, sendo ambas de natureza simbólica.1 O batismo consiste na imersão do crente
em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e
pessoal.2 Simboliza a morte e sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova
vida em identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e
também prenúncio da ressurreição dos remidos.3
O batismo, que é condição para ser membro de uma igreja, deve ser ministrado sob a
invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.4 A ceia do Senhor é uma cerimônia
da igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada
por meio dos elementos utilizados: O pão e o vinho.5 Nesse memorial o pão representa seu
corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o seu sangue derramado.6 A ceia do
Senhor deve ser celebrada pelas igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pressupõe o
batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos participantes.7
1 Mt 3.5,6,13-17; Jo 3.22,23; 4.1,2; 1Co 11.20,23-30
2 At 2.41,42; 8.12,36-39; 10.47,48
3 Rm 6.3-5; Gl 3.27; Cl 2.12
4 Mt 28.19; At 2.38,41,42; 10.48
5, 6 Mt 26.26-29; 1Co 10.16,17-21; 11.23-29
7 Mt 26.29; 1Co 11.26-28; At 2.42; 20.4-8
X- O Dia do Senhor
O domingo, dia do Senhor, é o dia do descanso cristão satisfazendo plenamente a exigência
divina e a necessidade humana de um dia em sete para o repouso do corpo e do espírito.1
Com o advento do Cristianismo, o primeiro dia da semana passou a ser o dia do Senhor, em
virtude de haver Jesus ressuscitado neste dia.2 Deve ser para os cristãos um dia de real
repouso em que - pela frequência aos cultos nas igrejas e pelo maior tempo dedicado à oração,
à leitura bíblica e outras atividades religiosas - eles estarão se preparando para “aquele
descanso que resta para o povo de Deus”.3 Nesse dia os cristãos devem abster-se de todo
trabalho secular, excetuando aquele que seja imprescindível e indispensável à vida da
comunidade. Devem também abster-se de recreações que desviem a atenção das atividades
espirituais.4
1 Gn 2.3; Ex 20.8-11; Is 58.13-14
2 Jo 20.1,19,26; At 20.7; Ap 1.10
3 Hb 4.9-11; Ap 14.12,13
4 Ex 20.8-11; Jr 17.21,22,27; Ez 22.8
XI- Ministério da Palavra
Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para
testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu reino, na medida dos talentos e dos dons
concedidos pelo Espírito Santo.1 Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de
maneira especial para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua Palavra.2 O
pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens.3 Cabe-lhe missão semelhante
àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento,
tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo.4 A obra do porta-voz de Deus tem
finalidade dupla: a de proclamar as Boas Novas aos perdidos e a de apascentar os salvos.5
Quando um homem convertido dá evidências de ter sido chamado e separado por Deus para
esse ministério, e de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu exercício,
cabe à igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e publicamente, em reconhecimento
da vocação divina já existente e verificada em sua experiência cristã.6 Esse ato solene de
consagração é consumado quando os membros de um presbitério ou concílio de pastores,
convocados pela igreja, impõe as mãos sobre o vocacionado.7 O ministro da Palavra deve
dedicar-se totalmente à obra para a qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus.8
O pregador do Evangelho deve viver do Evangelho.9 Às igrejas cabe a responsabilidade de
cuidar e sustentar adequada e dignamente seus pastores.10
1 Mt 28.19,20; At 1.8; Rm 1.6,7; 8.28-30; Ef 4.1,4; 2Tm 1.9; Hb 9.15; 1Pe 1.15; Ap 17.14
2 Mc 3.13,14; Lc 1.2; At 6.1-4; 13.2,3; 26.16-18; Rm 1.1; 1Co 12.28; 2Co 2.17; Gl 1.15-17
3 Ex 4.11,12; Is 6.5-9; Jr 1.5-10; At 20.24-28
4 At 26.19,20; Jo 13.12-15; Ef 4.11-17
5 Mt 28.19,20; Jo 21.15-17; At 20.24-28; 1Co 1.21; Ef 4.12-16
6 At 13.1-3; 1Tm 3.1-7
7 At 13.3; 1Tm 4.14
8 At 6.1-4; 1Tm 4.11-16; 2Tm 2.3,4; 4.2,5; 1Pe 5.1-3
9 Mt 10.9,10; Lc 10.7; 1Co 9.13,14; 1Tm 5.17,18
10 2Co 8.1-7; Gl 6.6; Fp 4.14-18
XII- Mordomia
Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece Deus como Criador, Senhor e Dono de todas as
coisas.1 Todas as bênçãos temporais e espirituais procedem de Deus e por isso os homens
devem a ele o que são e possuem e, também, o sustento.2 O crente pertence a Deus porque
Deus o criou e o remiu em Jesus Cristo.3 Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou
administrador da vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, dos
recursos naturais e de tudo o que Deus lhe confia em seu infinito amor, providência e
sabedoria.4 Cabe ao crente o dever de viver e comunicar ao mundo o Evangelho que recebeu
de Deus.5 As Escrituras Sagradas ensinam que o plano específico de Deus para o sustento
financeiro de sua causa consiste na entrega pelos crentes de dízimos e ofertas alçadas.6
Devem eles trazer à igreja sua contribuição sistemática e proporcional com alegria e liberdade,
para o sustento do ministério, das obras de evangelização, beneficência e outras.7
1 Gn 1.1; 14.17-20; Sl 24.1; Ec 11.9; 1Co 10.26
2 Gn 14.20; Dt 8.18; 1Cr 29.14-16; Tg 1.17; 2Co 8.5
3 Gn 1.27; At 17.28; 1Co 6.19,20; Tg 1.21; 1Pe 1.18-21
4 Mt 25.14-30; 31.46
5 Rm 1.14; 1Co 9.16; Fp 2.16
6 Gn 14.20; Lv 27.30; Pv 3.9,10; Ml 3.8-12; Mt 23.23
7 At 11.27-30; 1Co 8.1-3; 2Co 8.1-15; Fp 4.10-18
XIII- Evangelização e Missões
A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando à reconciliação do
homem com Deus.1 É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas proclamar,
pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do Evangelho, procurando fazer novos discípulos
de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às igrejas batizá-los a observar todas as coisas
que Jesus ordenou.2 A responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra
e por isso as igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie
obreiros para a sua seara.3
1 Mt 28.19,20; Jo 17.20; At 1.8; 13.2,3
2 Mt 28.18-20; Lc 24.46-49; Jo 17.20
3 Mt 28.19; At 1.8; Rm 10.13-15
XIV- Educação Religiosa
O ministério docente da igreja, sob a égide do Espírito Santo, compreende o relacionamento de
Mestre e discípulo, entre Jesus Cristo e o crente.1 A palavra de Deus é o conteúdo essencial e
fundamental nesse processo e no programa de aprendizagem cristã.2 O programa de
educação religiosa nas igrejas é necessário para a instrução e desenvolvimento de seus
membros, a fim de “crescerem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Às igrejas cabe cuidar
do doutrinamento adequado dos crentes, visando à sua formação e desenvolvimento espiritual,
moral e eclesiástico, bem como motivação e capacitação sua para o serviço cristão e o
desempenho de suas tarefas no cumprimento da missão da igreja no mundo.3
1 Mt 11.29,30; Jo 13.14-17
2 Jo 14.26; 1Co 3.1,2; 2Tm 2.15
3 Sl 119; 2Tm 3.16,17; Cl 1.28; Mt 28.19,20
XV- Liberdade Religiosa
Deus e somente Deus é o Senhor da consciência.1 A liberdade religiosa é um dos direitos
fundamentais do homem, inerente à sua natureza moral e espiritual.2 Por força dessa natureza,
a liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder humano.3 Cada pessoa tem
o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de
qualquer espécie.4 A igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua
natureza, objetivos e funções.5 É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da
liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo.6 O Estado deve ser leigo e
a Igreja livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar
dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem
como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se
oponha à vontade e à lei de Deus.7
1 Gn 1.27; 2.7; Sl 9.7-8; Mt 10.28; 23.10; Rm 14.4-9,13; Tg 4.12
2 Js 24.15; 1Pe 2.15,16; Lc 20.25
3 Dn 3.15-18; Lc 20.25; At 4.9-20; 5.29
4 Dn 3.16-18; 6; At 19.35-41
5 Mt 22.21; Rm 13.1-7
6 At 19.34-41
7 Dn 3.16-18; 6.7-10; Mt 17.27; At 4.18-20; 5.29; Rm 13.1-7; 1Tm 2.1-3
XVI- Ordem Social
Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem o dever de participar em todo esforço que
tende ao bem comum da sociedade em que vive.1 Entretanto, o maior benefício que pode
prestar é anunciar a mensagem do Evangelho; o bem-estar social e o estabelecimento da
justiça entre os homens dependem basicamente da regeneração de cada pessoa e da prática
dos princípios do Evangelho na vida individual e coletiva.2 Todavia, como cristãos, devemos
estender a mão de ajuda aos órfãos, às viúvas, aos anciãos, aos enfermos e a outros
necessitados, bem como a todos aqueles que forem vítimas de quaisquer injustiça e
opressões.3 Isso faremos no espírito de amor, jamais apelando para quaisquer meios de
violência ou discordantes das normas de vida expostas no Novo Testamento.4
1 Mt 5.13-16; Jo 12.35-36; Fp 2.15
2 Mt 6.33; Mc 6.37; Lc 10.29-37
3 Ex 22.21,22; Sl 82.3,4; Ec 11.1,2
4 Is 1.16-20; Mq 6.8; Mt 5.9
XVII- Família
A família, criada por Deus para o bem do homem, é a primeira instituição da sociedade. Sua
base é o casamento monogâmico e duradouro, por toda a vida, só podendo ser desfeito pela
morte ou pela infidelidade conjugal.1 O propósito imediato da família é glorificar a Deus e
prover a satisfação das necessidades humanas de comunhão, educação, companheirismo,
segurança, preservação da espécie e bem assim o perfeito ajustamento da pessoa humana em
todas as suas dimensões.2 Caída em virtude do pecado, Deus provê para ela, mediante a fé
em Cristo, a bênção da salvação temporal e eterna, e quando salva poderá cumprir seus fins
temporais e promover a glória de Deus.3
1 Gn 1.7; Js 24.15; 1Rs 2.1-3; Ml 2.10
2 Gn 1.28; Sl 127.1-5; Ec 4.9-13
3 At 16.31,34
XVIII- Morte
Todos os homens são marcados pela finitude, de vez que, em consequência do pecado, a
morte se estende a todos.1 A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da
identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a
graça de Deus em Cristo enquanto estão neste mundo.2 Com a morte está definido o destino
eterno de cada homem.3 Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a
morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e
constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam
“dormir no Senhor”.4 Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, num estado de
separação definitiva de Deus.5 Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a
proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos
religiosos com relação aos que já morreram.6
1 Rm 5.12; 1Co 15.21-26; Hb 9.27; Tg 4.14
2 Lc 16.19-31; Hb 9.27
3 Lc 16.19-31; 23.39-46; Hb 9.27
4 Rm 5.6-11; 14.7-9; 1Co 15.18-20; 2Co 5.14,15; Fp 1.21-23; 1Ts 4.13-17; 2Tm 2.11
5 Lc 16.19-31; Jo 5.28,29
6 Ex 22.18; Lv 19.31; 20.6,27; Dt 18.10; 1Cr 10.13; Is 8.19; Jo 3.18
XIX- Justos e Ímpios
Deus, no exercício de sua sabedoria, está conduzindo o mundo e a história a seu termo final.1
Em cumprimento à sua promessa, Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente,
em grande poder e glória.2 Os mortos em Cristo serão ressuscitados, arrebatados e se unirão
ao Senhor.3 Os mortos sem Cristo também serão ressuscitados.4 Conquanto os crentes já
estejam justificados pela fé, todos os homens comparecerão perante o tribunal de Jesus Cristo
para serem julgados, cada um segundo suas obras, pois através destas é que se manifestam
os frutos da fé ou os da incredulidade.5 Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá
sofrerão o castigo eterno, separados de Deus.6 Os justos, com os corpos glorificados,
receberão seus galardões e habitarão para sempre no céu como o Senhor.7
1 Mt 13.39,40; 28.20; At 3.21; 1Co 15.24-28; Ef 1.10
2 Mt 16.27; Mc 8.38; Lc 17.24; 21.27; At 1.11; 1Ts 4.16; 1Tm 6.14,15; 2Tm 4.1,8
3 Dn 12.2,3; Jo 5.28,29; Rm 8.23; 1Co 15.12-58; Fp 3.20; Cl 3.4
4 Dn 12.2; Jo 5.28,29; At 24.15; 1Co 15.12-24
5 Mt 13.49,50; At 10.42; 1Co 4.5; 2Co 5.10; 2Tm 4.1; Hb 9.27; 2Pe 2.9
6 Dn 12.2,3; Mt 16.27; Mc 9.43-48; Lc 16.26-31; Jo 5.28,29; Rm 6.22,23
7 Dn 12.2,3; Mt 16.27; 25.31-40; Lc 14.14; 16.22,23; Jo 5.28,29; 14.1-3; Rm 6.22,23; 1Co
15.42-44; Ap 22.11,12,15


                                                               



                           ESTATUTO SOCIAL DA PRIMEIRA IGREJA BATISTA
                                                EM PORTO FRANCO-MA.

CAPÍTULO I – DA DENOMINAÇÃO, NATUREZA, CONSTIUIÇÃO, SEDE E FINS:

Art. 1º – A PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM PORTO FRANCO, é uma organização religiosa, sem fins lucrativos, por tempo indeterminado, sendo neste Estatuto denominada Igreja, fundada 07/09/1935, e com número ilimitado de membros com sede e foro na cidade de Porto Franco, Maranhão, à Travessa Nove de Janeiro, 140 – Centro. Podendo criar e manter congregações, pontos de evangelização e missões no Brasil e no exterior.

Art. 2º - São elementos constitutivos da Igreja: a) Seu nome; b) Sua origem; c) Seus fins e objetivos fundamentais; d) Seus princípios doutrinários; e) Seu patrimônio; f) Seu rol de membros; g) Sua representação; h) Sua administração; i) Seu logotipo.

Art. 3º - A Igreja tem por seus fins e objetivos fundamentais: a) Adorar a Deus; b) Amar o próximo; c) Proclamar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo no território nacional e fora dele e levar os seres humanos a aceitar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, transmitindo-lhes os ensinamentos da Bíblia Sagrada; d) Batizar os novos convertidos; e) Praticar a Educação Cristã; f) Estudar a Bíblia Sagrada para doutrinamento e edificação espiritual dos membros; g) Cultivar a comunhão, o bom relacionamento e a fraternidade cristã; h) Promover e anunciar, por todos os meios ao seu alcance, o estabelecimento do Reino do Deus Eterno no mundo.

Parágrafo único: A Igreja poderá criar outras organizações regidas por estatutos próprios, que não poderão contrariar os termos deste Estatuto.

Art. 4º - A Igreja é soberana em suas decisões, não estando sujeita a qualquer outra Igreja, Instituição ou autoridade denominacional.

Art. 5º - A Igreja que possui como princípios doutrinários o ideal missionário, o trabalho dedicado, os princípios, os objetivos, os costumes, as práticas e as convicções doutrinárias da Convenção Batista Brasileira, fundamentais e harmônicos entre si, tomando suas decisões de forma democrática e autônoma, não estando sujeita a qualquer outra Igreja, instituição ou autoridade denominacional, declara que: a) Aceita a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática; b) Reconhece como fiel interpretação da Bíblia Sagrada a “Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira”; c) Exerce sua soberania e sua autonomia, vinculada à sua constituição, seus princípios, seus fins e objetivos em compromisso de cooperação com outras igrejas batistas da mesma fé e ordem, com a Convenção Batista que represente a Convenção Batista Brasileira dentro do Estado do Maranhão que atenda as necessidades da região onde a Igreja está localizada.

Parágrafo Único - A Igreja, pelo disposto no artigo 5º e pelo compromisso de cooperação: a) Mantém-se arrolada e cooperante com a Convenção Batista que represente a Convenção Batista Brasileira dentro do estado do Maranhão que atenda as necessidades da região onde a Igreja está localizada. b) Reconhece e acata, para todos os efeitos da plena comunhão, o batismo bíblico por imersão procedido por igrejas batistas da mesma fé e ordem e a ordenação ou consagração de pastores e diáconos de iniciativa da própria Igreja em acordo aos costumes de outras igrejas batistas da mesma fé e ordem; c),mantém e preserva a integridade doutrinária e patrimonial, na unidade da Denominação Batista Brasileira.

CAPÍTULO II – DA ADMISSÃO, DEMISSÃO E EXCLUSÃO DOS MEMBROS

Art. 6º - A Igreja tem o seu rol de membros integrado por pessoas físicas que professam a sua fé em Jesus Cristo, como único Salvador e Senhor e, por aceitarem e submeterem-se voluntariamente às doutrinas bíblicas e à disciplina da Igreja, são admitidos como membros: a) Por batismo bíblico mediante pública profissão de fé perante a Igreja; b) Por Carta de Transferência de outra igreja batista da mesma fé e ordem; c) Por testemunho, mediante aclamação da Igreja em Assembléia Geral; d) Por reconciliação.
§ 1º - Em todos os casos, a admissão se dará por votos apurados em Assembléia Geral.
§ 2º - O voto contrário a admissão, será justificado perante a Diretoria da Igreja que encaminhará parecer para deliberação final pela Assembléia Geral.
§ 3º - O pretendente deverá estar presente na Assembléia Geral que possa vir a efetivar sua admissão, salvo impedimento de força maior insuperável, a critério da Assembléia Geral.
§ 4º - São passíveis de exclusão pela Assembléia Geral, os membros que, de qualquer modo: a) Perturbarem o culto e outras práticas religiosas da Igreja; b) Prejudicarem o bom nome da Igreja; c) Contrariarem as doutrinas propagadas e defendidas pela Igreja; d) Infringirem este Estatuto e as deliberações da Igreja; e) Procederem na sua vida pública ou particular contrariando aos ensinos, princípios e moral do evangelho; 
§ 5º - O membro excluído, desde que manifestamente arrependido das faltas cometidas causadoras de sua exclusão, poderá solicitar sua reconciliação, cabendo a Assembléia Geral, acatar a solicitação ou não.
§ 6º - A demissão ou desligamento do rol de membros da Igreja  ocorrerá pelos motivos a seguir: a)  Concessão de Carta de Transferência para outra Igreja Batista da mesma fé e ordem; b) por solicitação do membro interessado;  c) Abandono sem qualquer justificativa a partir do prazo julgado suficiente para caracterizar o abandono e  desinteresse pela Igreja e a obra que realiza,  mediante parecer da Diretoria e aprovação na Assembléia Geral da Igreja, d) Por falecimento.
§ 7º Casos especiais não constantes neste artigo serão decididos pela Igeja em Assembléia Geral.

CAPÍTULO III – OS DIREITOS E DEVERES DOS MEMBROS

Art. (7º - São direitos dos membros da Igreja: a)Participar das Assembléias Gerais com uso da palavra, votando e sendo votado obedecido o disposto na legislação vigente paras as funções de representatividade da Igreja como pessoa jurídica;  b) Assistir aos cultos regularmente;  c) Participar do programa ou propósito de crescimento espiritual promovido pela Igreja; d) Desempenhar as funções e comissionamentos a eles atribuídos pela Igreja; e) Participar das atividades gerais da Igreja, f) Receber assistência espiritual dentro dos propósitos da Igreja,  g) Receber ajuda material, quando necessário e dentro das possibilidades e normas da Igreja.

Art. 8º - São deveres dos membros da Igreja: a) Cultuar ao Deus Eterno; b) Contribuir regularmente, livre e espontaneamente com seus dízimos, ofertas para o sustento do ministério do culto, do programa de educação cristã, de missões, de evangelismo e beneficência; c) Manter sua disciplina cristã pessoal e acatar a disciplina da Igreja; d) Integrar-se, sempre que possível, nos programas e propósitos da Igreja; e)     e) Defender-se perante a Assembléia Geral de qualquer acusação que lhe seja feita; f) Observar o presente estatuto e zelar pelo seu cumprimento.

Parágrafo único: Os membros da Igreja não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelas obrigações sociais e jurídicas da Igreja, nem participam de qualquer direito sobre o patrimônio da Igreja.

Art. 9º - A Igreja tem existência distinta da de seus membros.

CAPÍTULO IV - FONTES DE RECURSOS PARA SUA MANUTENÇÃO.

Art. 10º - A receita da Igreja constitui-se de: a) Dízimos, Ofertas e/ou Contribuições voluntárias e por rendas compatíveis com sua natureza. Os recursos para manutenção da Igreja são oriundos dos dízimos, ofertas e contribuições de seus membros, por ato de fé e amor, não podendo ser reclamados, nem mesmo por terceiros, sob qualquer alegação.
§ 1º - O movimento financeiro da Igreja será feito através de instituições bancárias ou de crédito existentes no território nacional,  escolhidas pela Assembléia Geral.
§ 2º- As contas bancárias serão sempre movimentadas em conjunto de duas a quatro pessoas, podendo ser o Presidente,  o Primeiro ou Segundo Vices-Presidente,  o 1º Tesoureiro  e  o 2º Tesoureiro.
 Art. 11º - A Igreja elegerá em assembléia Geral, um conselho fiscal constituído de (03) três membros, sendo (01) um dos três o relator. O conselho terá as seguintes atribuições:
a) (Examinar e dar parecer sobre os balancetes mensais e o balanço anual, elaborados pela tesouraria, com um auxílio de um contabilista; b) Examinar mensalmente os relatórios financeiros, os lançamentos de todas as contas da Igreja e recolhimentos legais, oferecendo o competente parecer para a apreciação da assembléia geral; c) Recomendar as medidas administrativas necessárias à manutenção do equilíbrio financeiro. d) acompanhar a evolução financeira e o registro contábil.


CAPÍTULO V – O MODO DE CONSTITUIÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ORGÃOS DELIBERATIVOS E ADMINISTRATIVOS.

Art. 12º - Para tratar de assuntos que interessam à sua existência e à sua administração a Igreja se reunirá em Assembléia Geral.
Parágrafo único - A Assembléia Geral constituída pelos membros da Igreja é o poder soberano da Igreja nos termos deste Estatuto.

Art. 13º - A Assembléia Geral será convocada: a) pelo Presidente da Igreja;  b) por 2/3(dois terços) da Diretoria Administrativa; c) por 1/5 (um quinto) dos membros da Igreja.  Em todos os casos de convocação deverá ocorrer com 07(sete) dias de antecedência.
§ 1º - A Assembléia Geral se realizará com a presença de no mínimo, 1/5 (um quinto) dos membros arrolados na sede e suas deliberações serão válidas se aprovadas pela maioria absoluta de cinqüenta por cento mais um dos votos apurados, com exceção nos dispostos nos artigos 22º e 23º, no parágrafo 1º do artigo 25º e  no artigo 28º e seus parágrafos.  
§ 2º - Para as deliberações  que se referirem a destituição da Diretoria Administrativa de forma individual ou coletiva, bem como para alterar qualquer condição do Estatuto ou mesmo reforma parcial ou total,  será sempre exigido o voto concorde de 2/3(dois terços) dos presentes à Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos membros, ou  com menos de 1/3 (um terço) nas convocações seguintes.
§ 3º - A Assembléia Geral será sempre realizada na sede da Igreja, salvo impossibilidade absoluta de utilização da sede, caso em que o outro local será previamente designado quando da convocação da Assembléia.

Art. 14º - Compete privativamente à Assembléia Geral:

I -  Eleger  a Diretoria Administrativa da Igreja;
II - Destituir os membros Diretoria Administrativa da Igreja; 
III -  Aprovar as Contas da Igreja, bem como o seu orçamento; 
IV - Alterar o Estatuto, no todo ou em parte;
V - Eleger ou exonerar o Pastor Titular da Igreja;
VI - Eleger ou exonerar Pastores Auxiliares, outros Ministros, Diáconos ou outros Líderes de órgãos, departamentos e comissões para o exercício de ministérios específicos na Igreja;
VII - Apreciar os relatórios periódicos da Diretoria Administrativa e de demais órgãos, departamentos e comissões;
VIII - Deliberar sobre a aquisição, oneração, alienação ou venda de bens imóveis, veículos e bens móveis da Igreja;
IX - Aceitar doações ou legados;
X - Transferir a sede da Igreja, bem como deliberar sobre a mudança do nome da Igreja;
XI - Deliberar sobre a dissolução e/ou cisão da Igreja;
XII - Tomar todas as decisões, que envolvam aspectos administrativos, eclesiásticos e doutrinários;
XIII - Deliberar sobre a atuação, sustento do Pastor Titular e da atuação e sustento de seus Pastores Auxiliares;
XIV -  Resolver e deliberar sobre os casos omissos neste Estatuto;
 Parágrafo Único:  A Assembléia Geral reunir-se-á  a cada mês ou a cada dois meses ou Extraordinária quando necessária, sendo que suas convocações sempre obedecerão as exigências do presente Estatuto.

Art. 15º - Para dirigir os trabalhos da Assembléia Geral e fazer executar suas deliberações, será eleita uma Diretoria Administrativa composta de: a) Presidente; b) Primeiro Vice-Presidente; c) Segundo Vice-Presidente; d) Primeiro Secretário; e) Primeiro Tesoureiro; f) Segundo Tesoureiro; g) Segundo Secretário.
§ 1º - Os cargos da Diretoria Administrativa terão mandato de dois anos na forma deste Estatuto, observado o disposto no artigo 25º e seu parágrafo 4º deste Estatuto;   
§ 2º - Nos impedimentos ou eventuais faltas, suceder-se-ão na ordem do “caput” do presente artigo.
§ 3º  - Poderá ser eleito para compor a Diretoria Administrativa os membros que: a)  Maiores de dezoito anos de idade; b) Contar, no mínimo, vinte e quatro meses como membro da Igreja, contados desde sua última admissão até a data da eleição, com exceção da aplicação do artigo 25º e seus parágrafos.  
§ 4º - Qualquer membro da Diretoria Administrativa poderá ser destituído do cargo, em qualquer tempo pela Assembléia Geral  devidamente convocada na forma deste Estatuto, observado o disposto no artigo 13º parágrafo segundo deste Estatuto;
§ 5º - O Presidente, ou seu substituto legal, representará a Igreja ativa, passiva, judicial e extrajudicialmente, de forma individual ou coletiva
§ 6º - Os membros da Diretoria Administrativa não serão, em hipótese alguma, remunerados pelo exercício de suas funções.

§ 7º - Na hipótese de impedimento ou recusa irrevogável da Diretoria Administrativa ou de seus membros isoladamente e na ordem de sucessão de presidir uma Assembléia Geral devidamente convocada, esta em caráter especial, poderá eleger um Presidente para a ocasião.

§ 8º - Os membros da Diretoria Administrativa da Igreja, obedecida a ordem de sucessão, em caráter obrigatório, não poderão deixar de presidir uma Assembléia Geral devidamente convocada na forma do Estatuto.        

Art. 16º - Compete ao Presidente:
I - Convocar e presidir a Assembléia Geral;
II - Representar a Igreja, ativa, judicial e extrajudicialmente em todos os aspectos;
III - Participar  das reuniões  de  qualquer ministério,  órgão ou comissões  da  Igreja,   na qualidade de membro ex-ofício.
IV - Assinar com o Secretário, as atas da Assembléia Geral;
V Abrir, movimentar e encerrar contas bancárias, juntamente com o  Tesoureiro;
VI  - Apresentar à Assembléia Geral relatório periódico e anual das atividades da Igreja;
VII - Tomar decisões, juntamente com a Diretoria Administrativa, nos casos comprovadamente excepcionais ou de extrema urgência, ad-referendum  da Assembléia Geral;
VIII - Cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto.

Art. 17º - Compete aos Vice-Presidentes, na ordem de eleição, substituir o Presidente, nos seus impedimentos e ausências.

Art. 18º - Compete ao Primeiro Secretário:
I - Lavrar e assinaras atas da Assembléia Geral;
II - Manter em ordem os arquivos, cadastros e o fichário do rol de membros da Igreja;

Art. 19º - Compete ao Segundo Secretário, sem prejuízo de outras responsabilidades que lhe forem atribuídas, substituir o Primeiro Secretário nos seus impedimentos e eventuais ausências;

Art. 20º - Compete ao Primeiro Tesoureiro:
I - Receber e escriturar as contribuições financeiras destinadas à Igreja;
II - Fazer os pagamentos autorizados pela Igreja;
III - Abrir, movimentar e encerrar contas bancárias, juntamente com o Presidente;
IV - Elaborar e apresentar relatórios periódicos e anuais à Assembléia Geral;

Art. 21º - Compete ao Segundo Tesoureiro, auxiliar o Primeiro Tesoureiro, na execução de seu trabalho e substituí-lo nos seus impedimentos e ausências.

CAPÍTULO VI – DAS CONDIÇÕES PARA ALTERAÇÃO DESTE ESTATUTO E DISSOLUÇÃO DA IGREJA

Art. 22º - A Assembléia Geral, para reforma parcial ou total do presente Estatuto da Igreja, obrigatoriamente observará o disposto no artigo 13º, parágrafo segundo deste Estatuto.

Art. 23º - A Igreja somente poderá ser dissolvida, ressalvado o direito de terceiros, em Assembléia Geral devidamente convocada na forma deste Estatuto, pela unanimidade dos votos apurados de 50% (cinqüenta por cento) dos membros integrantes do rol de membros, passando então, todo o patrimônio, inclusive  o nome da Igreja a pertencer à Convenção Batista que lhe representa no estado do Maranhão e na falta desta, à Convenção Batista Brasileira, a qual os utilizará visando ao restabelecimento da atividade de igreja batista, segundo o objetivo e os princípios constantes dos artigos 3º, 4º e 5º  e seu parágrafo do presente Estatuto.

CAPÍTULO VII –  DO MINISTÉRIO PASTORAL

Art. 24º - O Ministério Pastoral será exercido, como preceituado na Bíblia Sagrada.

Art. 25º - Para ser o seu Pastor Titular, líder e guia espiritual dentro das especificações do Novo Testamento, a Igreja, em Assembléia Geral, elegerá um batista da mesma fé e ordem, o qual, tendo aceitado o convite e devidamente empossado, exercerá o pastorado com fidelidade doutrinária
 enquanto bem servir e a critério da Igreja, observando e zelando por este estatuto em sua totalidade.
§ 1º - A Assembléia Geral para eleição ou exoneração do Pastor Titular da Igreja  observará a convocação publicada no edital da Igreja, constando motivação expressamente declarada: a) Com antecedência mínima de 07(sete) dias; b) Presença de, no mínimo, ¾ (três quartos)dos membros da diretoria; c) Presença de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) dos membros arrolados na sede em primeira convocação, ou presença de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros arrolados na sede, em segunda convocação, após sete dias; d) Deliberação favorável por mínimo ¾ (três quartos) dos votos apurados.
§ 2º - O Pastor Titular, é o responsável pela orientação doutrinária e espiritual da Igreja e a direção dos Cultos poderá receber sustento ou remuneração da Igreja pelo exercício do pastorado, com base nos princípios da Bíblia Sagrada, desde que haja recursos disponíveis.
§ 3º – Se vindo de outra igreja batista da mesma fé e ordem, para exercer o pastorado, o Pastor Titular será considerado membro da Igreja desde a sua posse no pastorado, sendo a sua condição de membro referendada pela Assembléia Geral, que receber efetivamente sua carta de transferência.
§ 4º - O Pastor Titular, desde sua posse, nos termos do “caput” deste artigo, será o Presidente da Igreja, durante o tempo em que nela exercer o seu pastorado.
§ 5º -  Além do Pastor Titular, a Igreja poderá ter outros pastores e ministros, diáconos na qualidade de auxiliares, eleitos em Assembléia Geral por tempo indeterminado,  enquanto bem servirem aos interesses da Igreja, podendo ou não ser sustentados ou remunerados, a critério da Igreja.

CAPÍTULO VIII – DO PATRIMÔNIO

Art. 26º - O patrimônio da Igreja, constitui-se de: a) Receitas, por dízimos, por ofertas, por contribuições voluntárias e por rendas, b) Bens móveis e imóveis, veículos, adquiridos por compra, permuta, doação ou legado.

Art. 27º - O patrimônio da Igreja, que estará sempre vinculado  nos termos dos artigos 2º, 3º, 4º, 5º e seu parágrafo único, deste Estatuto , será aplicado exclusivamente na consecução de sua constituição, princípios, fins e objetivos na forma do presente Estatuto. 

Art. 28º - A Assembléia Geral para aquisição, alienação ou oneração de bens imóveis, observará: a) Convocação publicada no edital, constando motivação expressamente declarada, com antecedência mínima de 07(sete) dias; b) Presença de, no mínimo, ¾ (três quartos) dos membros da diretoria e ¾ (três quartos) dos membros integrantes do rol de membros  em primeira convocação; c) Presença de, no mínimo ½ (um meio) dos membros, em segunda convocação, após o decurso de uma hora contados do horário da primeira convocação; d) Deliberação favorável por, no mínimo, ¾ (três quartos) dos membros presentes.
§ 1º - Todas as escrituras de compra e venda, contratos ou outros documentos de aquisição,  alienação ou oneração do patrimônio da Igreja serão assinados conjuntamente pelo Presidente, Vice-presidente e por um  Tesoureiro.
es New Roman"'> A Igreja somente poderá ser dissolvida, ressalvado o direito de terceiros, em Assembléia Geral devidamente convocada na forma deste Estatuto, pela unanimidade dos votos apurados de 50% (cinqüenta por cento) dos membros integrantes do rol de membros, passando então, todo o patrimônio, inclusive  o nome da Igreja a pertencer à Convenção Batista que lhe representa no estado do Maranhão e na falta desta, à Convenção Batista Brasileira, a qual os utilizará visando ao restabelecimento da atividade de igreja batista, segundo o objetivo e os princípios constantes dos artigos 3º, 4º e 5º  e seu parágrafo do presente Estatuto.

CAPÍTULO VII –  DO MINISTÉRIO PASTORAL

Art. 24º - O Ministério Pastoral será exercido, como preceituado na Bíblia Sagrada.

Art. 25º - Para ser o seu Pastor Titular, líder e guia espiritual dentro das especificações do Novo Testamento, a Igreja, em Assembléia Geral, elegerá um batista da mesma fé e ordem, o qual, tendo aceitado o convite e devidamente empossado, exercerá o pastorado com fidelidade doutrinária enquanto bem servir e a critério da Igreja, observando e zelando por este estatuto em sua totalidade.
§ 1º - A Assembléia Geral para eleição ou exoneração do Pastor Titular da Igreja  observará a convocação publicada no edital da Igreja, constando motivação expressamente declarada: a) Com antecedência mínima de 07(sete) dias; b) Presença de, no mínimo, ¾ (três quartos)dos membros da diretoria; c) Presença de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) dos membros arrolados na sede em primeira convocação, ou presença de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros arrolados na sede, em segunda convocação, após sete dias; d) Deliberação favorável por mínimo ¾ (três quartos) dos votos apurados.
§ 2º - O Pastor Titular, é o responsável pela orientação doutrinária e espiritual da Igreja e a direção dos Cultos poderá receber sustento ou remuneração da Igreja pelo exercício do pastorado, com base nos princípios da Bíblia Sagrada, desde que haja recursos disponíveis.
§ 3º – Se vindo de outra igreja batista da mesma fé e ordem, para exercer o pastorado, o Pastor Titular será considerado membro da Igreja desde a sua posse no pastorado, sendo a sua condição de membro referendada pela Assembléia Geral, que receber efetivamente sua carta de transferência.
§ 4º - O Pastor Titular, desde sua posse, nos termos do “caput” deste artigo, será o Presidente da Igreja, durante o tempo em que nela exercer o seu pastorado.
§ 5º -  Além do Pastor Titular, a Igreja poderá ter outros pastores e ministros, diáconos na qualidade de auxiliares, eleitos em Assembléia Geral por tempo indeterminado,  enquanto bem servirem aos interesses da Igreja, podendo ou não ser sustentados ou remunerados, a critério da Igreja.

CAPÍTULO VIII – DO PATRIMÔNIO

Art. 26º - O patrimônio da Igreja, constitui-se de: a) Receitas, por dízimos, por ofertas, por contribuições voluntárias e por rendas, b) Bens móveis e imóveis, veículos, adquiridos por compra, permuta, doação ou legado.

Art. 27º - O patrimônio da Igreja, que estará sempre vinculado  nos termos dos artigos 2º, 3º, 4º, 5º e seu parágrafo único, deste Estatuto , será aplicado exclusivamente na consecução de sua constituição, princípios, fins e objetivos na forma do presente Estatuto. 

Art. 28º - A Assembléia Geral para aquisição, alienação ou oneração de bens imóveis, observará: a) Convocação publicada no edital, constando motivação expressamente declarada, com antecedência mínima de 07(sete) dias; b) Presença de, no mínimo, ¾ (três quartos) dos membros da diretoria e ¾ (três quartos) dos membros integrantes do rol de membros  em primeira convocação; c) Presença de, no mínimo ½ (um meio) dos membros, em segunda convocação, após o decurso de uma hora contados do horário da primeira convocação; d) Deliberação favorável por, no mínimo, ¾ (três quartos) dos membros presentes.
§ 1º - Todas as escrituras de compra e venda, contratos ou outros documentos de aquisição,  alienação ou oneração do patrimônio da Igreja serão assinados conjuntamente pelo Presidente, Vice-presidente e por um  Tesoureiro.

CAPÍTULO VX – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 29º - No caso de cisão doutrinária do rol de membros, todo o patrimônio, o nome da IGREJA e sua Administração, inclusive o uso do templo para as atividades espirituais e eclesiásticas ficarão de posse e domínio da parte que, independentemente do número de membros, mesmo que em minoria, permanecer fiel à Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, conforme disposto no artigo 5º “b” deste Estatuto. 
§ 1º - O julgamento da fidelidade das partes à Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira será procedido por um concílio especial de, no mínimo, 07 (sete) pastores da denominação batistas brasileira da mesma fé e ordem, em efetivo exercício de pastorado, cujo parecer, de caráter definitivo, será acatado pelas partes.


Art. 30º - A Igreja não responderá pelas obrigações assumidas por seus membros.

Art. 31º - Os membros não poderão alegar ou reivindicar direitos sobre o patrimônio da Igreja.

Art. 32º - A Igreja não concederá avais, fianças e não prestará ou assumirá quaisquer tipos de garantias e/ou obrigações estranhas às suas finalidades.

Art. 33º - Não haverá solidariedade da Igreja quanto às obrigações contraídas por outras Igrejas ou instituições denominacionais.

 Art. 34º -  O exercício contábil coincidirá com o ano civil.

Art. 35º - Observadas as disposições legais, é competente o foro da comarca de Porto Franco – Maranhão, para dirimirem-se as dúvidas sobre o presente Estatuto.

Art. 36º - Todos os casos omissos neste Estatuto serão decididos em Assembléia Geral.

Art. 37º - Este Estatuto aprovado pela Assembléia Geral da Igreja, realizada aos Três dias do mês de Agosto de dois mil e quatorze, entra em vigor na data da sua aprovação. Revogam-se as disposições em contrário.


_________________________________                                                     
                  Presidente

_________________________________
              Primeira Secretária
ANUÊNCIA DA PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM PORTO FRANCO – MARANHÃO.
                     CNPJ 07.000.284/0001-65

_____________________________________________
                        Presidente
Nome: Marcone Pereira da Silva
CPF: 730979265-34





                                        
Obs.: Nos termos do artigo 1º, & lei 8.906 de 04/07/94, O presente documento esta sendo visado por Tatiane de Melo Franco Falcão Saraiva, registrada na OAB-MA sob n.º 9734 e CPF n.º 01208372181




As Doutrinas Batistas

DEUS

O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente e onipresente; é perfeito em santidade e justiça, verdade e amor(1). Ele é o criador, sustentador, redentor, juiz e Senhor da História e do Universo. Em sua triunidade se revela como Pai, Filho e Espírito Santo – pessoas distintas, mas sem divisão em sua essência(2).
(1) Deuteronômio 6.4; Jeremias 10.1; Salmo 139; 1Coríntios 8.6; 1Timóteo 2.5,6; Êxodo 3.14; 6.2,3; Isaías 43.15; Mateus 6.9; João 4.24; 1Timóteo 1.17; Malaquias 3.6; Tiago 1.17; 1Pedro 1.16, 17   //   (2) Mateus 28.19; Marcos 1.9-11; 1João 5.7; Romanos 15.30; 2Coríntios 13.13; Filipenses 3.3

I. O Pai

Como Criador manifesta disposição paternal para com todos os homens(1). Ele é Pai de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem enviou a este mundo para salvar os pecadores e fazer deles filhos por adoção(2).
(1) Isaías 64.8; Mateus 6.9; 7.11; Atos 17.26-29; 1Coríntios 8.6; Hebreus 1.29   //   (2) Salmo 2.7; Mateus 3.17; 17.5; Lucas 1.35; João 1.12

II. O Filho: Jesus Cristo

Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus(1). Ele se fez carne na pessoa real e histórica de Jesus Cristo sendo, em sua pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem(2). Jesus é a imagem expressa do Seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem(3). Ele expiou a culpa de nossos pecados, conquanto ele mesmo não teve pecado(4). Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos. Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens e o único e suficiente Salvador e Senhor(5).
Para nós, batistas, a fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder – como o unigênito Filho do Deus Supremo –, de sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa.
(1) Mateus 1.18-23; 3.17; 8.29; 14.33; 16.16, 27; 17.5; Marcos 1.1; Lucas 4.41; 22.70; João 1.1,2; 11.27; 14.7-11; 16.28  //  (2) Isaías 7.14; Lucas 1.35; João 1.14; Gálatas 4.4.5   //   (3) – João 14.7-9; Mateus 11.27; João 10.30, 38; 12.44-50; Colossenses 1.15, 19; 2.9; Hebreus 1.3   //   (4) Romanos 8.1-3; Filipenses 2.1-11; Hebreus 4.14, 15; 1Pedro 2.21-25   //   (5) João 14.6; Atos 4.12; 1Timóteo 2.4,5; Atos 7.55, 56; Hebreus 4.14-16; 10.19-23

III. O Espírito Santo

É o Espírito da verdade(1), que ilumina os homens e os capacita a compreenderem a verdade divina(2). Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo de Deus(3); opera a regeneração do pecador(4); sela o crente para o dia da redenção final(5) e guia-o em toda a verdade(6). O Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experiência humana. É Deus revelando Sua pessoa e vontade ao homem. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do Reino de Deus(7).
(1) João 16.13; 14.17; 15.26   //   (2) Lucas 12.12; João 14.16, 17, 26; 1Coríntios 2.10-14; Hebreus 9.8   // (3) João 16.8-11   //   (4) João 3.5; Romanos 8.9-11   //   (5)Efésios 4.30   //   (6) João 16.13   //   (7) Atos 1.8

A BÍBLIA

Para os batistas, a Bíblia, constitui a única regra de fé e conduta. A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana(1), e foi escrita por homens e mulheres inspirados pelo Espírito Santo(2). É um perfeito tesouro de instrução divina e tem por finalidade revelar os propósitos de Deus à humanidade, levar os pecadores à salvação, edificar os cristãos e promover a glória de Deus(3). Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo(4).
(1) Salmo 119.89; Hebreus 1.1; Isaías 40.8; Mateus 24.35; Lucas; 24;44,45; João 10.35; Romanos 3.2; 1Pedro 1.25; 2Pedro   //   (2) Êxodo 24.4; 2Samuel 23.2; Atos 3.21; 2Pedro 1.21   //   (3)  Lucas 16.29; Romanos 1.16; 2Timóteo 3.16, 17; 1Pedro 2.2; Hebreus 4.12;  Efésios 6.17; Romanos 15.4   //   (4) Lucas 24. 44, 45; Mateus 5.22, 28, 32, 34, 39; 11.29, 30; João 5.39, 40; Hebreus 1.1, 2; João 1.1, 2, 14

O HOMEM (A Humanidade)

Os batistas crêem que o homem foi criado por Deus conforme à sua imagem e semelhança e disso decorre o seu valor e dignidade(1). Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de voltar(2). Seu espírito procede de Deus e para Ele retornará. O homem foi criado para a glorificação de Deus(3).
(1) Gênesis 1. 26-31; 18.22; 9.6; Salmo 8.1-9; Mateus 16.26   //   (2) Gênesis 2.7; 3.19; Eclesiastes 3.20; Mateus 16.26   //   (3) Atos 17.26-29; 1João 1.3, 6, 9

PECADO

O pecado entrou no mundo por um ato de desobediência contra seu Criador. Por causa disso o homem caiu e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado(1). Todos somos, por natureza, pecadores(2). Todo pecado é cometido contra Deus, mas o mal praticado pelos homens também atinge seu próximo(3). O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, como Salvador pessoal(4).
(1) Gênesis cap. 3; Romanos 5.12-19; Efésios 2.12; Romanos 3.23   //   (2) Romanos 3.23   //   (3) Mateus 6.14, 15; 18.21-35; 1Coríntios 8.12; Tiago 5.16   //   (4) João 3.36; 16.9; 1João 5.10-12

SALVAÇÃO

A salvação é outorgada por Deus pela Sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor(1). A salvação é individual e significa a redenção do ser humano na inteireza do seu ser(2). É uma dádiva gratuita de Deus e que compreende: a Regeneração, a Justificação, a Santificação e a Glorificação(3).
A Regeneração(4) é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer de novo o pecador perdido, dele fazendo uma nova criatura em Cristo. A Justificação(5) é o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de Cristo, absolve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara justo. A Santificação(6) é o processo que, principiando na Regeneração, leva o homem à realização dos propósitos de Deus para sua vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual. E a Glorificação(7) é o ponto culminante da obra da salvação. É o estado final, permanente, da felicidade eterna no Céu, dos que são redimidos pelo sangue de Cristo.
Devido a sua natureza pecaminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente para resgatá-lo. A salvação, portanto, não é resultado dos méritos humanos, antes emana de propósito e iniciativa divinos. A salvação do pecado é a dádiva de Deus por meio de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependimento em relação a Deus, pela fé em Cristo Jesus e pela entrega incondicional a Ele como Senhor.
(1) Salmo 37.9; Isaías 55.5; Sofonias 3.17; Tito 2.9-11; Efésios 2.8,9; Atos 15.11; 4.12   //   (2) Mateus 1.16, 24; Romanos 10.13; 1Tessalonicenses 5.23, 24; Romanos 5.10   //   (3) Romanos 6.23; Hebreus 2.1-4; João 3.14; 1Coríntios 1.30; Atos 11.18   //   (4) 1Pedro 1.3   //   (5) Romanos 5.1   //   (6) João 17.17   // (7) 1Pedro 1.10,11

IGREJA

Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após professarem sua fé em Cristo. Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinamentos da Bíblia para edificação mútua e para a propagação do Evangelho de Jesus Cristo(1).
Há também, no Novo Testamento, um outro sentido da palavra “igreja”, em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de todos os tempos e lugares, estabelecida por Jesus Cristo e sobre Ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual Ele mesmo é a cabeça. A unidade desta igreja é espiritual e se expressa pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos comuns do Reino de Deus(2).
(1) Atos 2.41, 42   //   (2) Mateus 16,18; Colossenses 1.18; Hebreus 12.22-24; Efésios 1.22, 23

CULTO

O culto a Deus, pessoal ou coletivo, é a expressão mais elevada da fé e devoção cristã. O culto não é mera forma e ritual, mas é uma experiência com o Deus vivo, através da meditação e da entrega pessoal. Não é simplesmente um serviço religioso, mas comunhão com Deus na realidade do louvor, na sinceridade do amor e na beleza da santidade.

BATISMO

O batismo é uma das duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Senhor Jesus Cristo; a outra é a ceia do Senhor, sendo ambas de natureza simbólica(1). O batismo consiste na imersão do crente na água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal(2). Simboliza a morte e o sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova vida em identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remidos(3). O batismo deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo(4).
(1) Mateus 3.5, 6, 13-17; João 3.22, 23; 4.1,2; 1Coríntios 11.20, 23-30   //   (2) Atos 2.41, 42; 8.12.36-39; 10.47,48   //   (3) Romanos 6.3-5; Gálatas 3.27; Colossenses 2.12   //   (4) Mateus 28.19; Atos 2.38, 41, 42; 10.48

CEIA DO SENHOR

A ceia do Senhor é uma das duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Senhor Jesus Cristo; a outra é o batismo, sendo ambas de natureza simbólica. A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: o pão e o vinho(1). O primeiro simboliza o corpo de Cristo dado por nós no Calvário(2) e o segundo simboliza o Seu sangue derramado por nós pecadores.
(1 e 2) Mateus 26.26-29; 1Coríntios 10.16, 17-21; 11.23-29
FONTE DA PESQUISA
“Pacto e Comunhão: documentos batistas”. Convicção Editora, 2010

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