terça-feira, 9 de junho de 2015

EROSÃO FINANCEIRA

EROSÃO FINANCEIRA

Erosão é o ato de corroer, de destruir, de consumir, de gastar de forma lenta e contínua, num processo de desgaste que age sobre o solo e as rochas, destruindo suas estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) levando seus nutrientes e sais minerais existentes para as partes baixas do relevo. Aqui usaremos o fenômeno para descrever as finanças de uma família.

Em nossa experiência de aconselhamento, mediação e intervenção conjugal, temos
denunciado que a erosão financeira deve ser tratada mesmo quando se revela um problema secundário. Por exemplo, se na fala de um casal em crise há reclames de ciúmes excessivos ou falta de tempo e diálogo e, o problema vem é acompanhado de uma crise financeira ainda que discreta, esse problema da erosão deve ser tratado o quanto antes. Mesmo que seja um conteúdo latente.


A erosão financeira é um gatilho. Todos os casais devem preservar um razoável controle sobre suas finanças. A área costuma aprofundar ou ampliar crises relacionais, mesmo que o enfoque de uma crise seja qualquer outra área. É como as ondas formadas por uma pedra atirada num lago...

O momento econômico que vivemos – inflação alta, juros elevados etc. – é um bom momento para blindar a economia doméstica e, assim, manter as finanças do casal sob controle. O que fazer para proteger o bolso da família?

Santo Orçamento. Desde o início e até antes, o casal deve conversar sobre a construção de um orçamento. É comum casais não levarem em consideração a saudável prática do orçamento – não se inventou algo melhor para preservar as finanças de uma família nos trilhos. Evitação e informalidade ainda não se comprovou melhor.

Alinhamento de Metas: Ao unir forças no trabalho pela família, deve-se sempre discutir e projetar o que se pretende. Uma mulher que trabalha por um carro novo e um homem que trabalhe pela casa nova terá a condição de não chegar: Nem ao carro nem à casa.

Finanças Separadas: Muitos mantém a gestão das finanças em separado. O dinheiro “dele” com o dinheiro “dela”. Separar as finanças gera percepções e condições diferentes. Ainda que o acerto seja de gestão em separado é preciso que se dialogue sobre o que entra e o que sai, só assim conseguimos uma visão realista sobre como estamos (=diagnóstico).

Falta de Transparência: A verdade é valor inegociável. Será inútil a Sra. Controlada tentar enquadrar o Sr. Gastão. Ambos devem ser comprometidos, disciplinados e transparentes quanto ao andamento das finanças. O casal imbuído nos objetivos encontrará razoável controle e atingirá metas de família!

Esconder Contas: Pequenas dívidas também corroem orçamento. Por exemplo, a mulher esconde contas a pagar do marido, quando deveria dialogar sobre como encontrar a solução a dois. Nada como a franqueza sobre a mesa.

O Cartão de Crédito requer planejamento. Não se deve abusar ou usá-lo de forma indiscriminada e sem limites. A conta vai chegar, cuidado!

Filhos. Devemos ser exemplares. O exemplo fala mais alto que palavras com relação aos nossos filhos. Filhos descontrolados são resultados de casais descontrolados. A educação financeira deve ser um dos pilares numa família. (Recomendamos o Ministério Crow de Finanças para a sua família).

O momento econômico exige adaptações e novas condutas. Não tente manter o padrão de outrora. Em tudo, manter o diálogo é imprescindível.

Lembremo-nos: Uma erosão não começa com uma cratera. Mas com pequenas fissuras e fendas. Tornam-se feridas, sinais no caminho. É hora de conversar e re-direcionar condutas. By Geraldinho Farias & Marina Farias

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