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"Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte,
acercou-se de Arão. e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses,
que vão adiante de nós; porque quanto a esse Moisés, o homem que
nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu." Ex 32:1.
Quero chamar de "Bezerros de Ouro", tudo que "fabricamos",
sendo contrários à vontade de Deus. Quando nos tornamos distantes,
cegos, mudos e sem entendimento. Daí faz-se valer a recíproca de
que o adorador se torna igual ao objeto adorado.
Perdemos a direção. Temos que decidir: Guardar "nossos bezerros"
para ocasiões oportunas, ou, lançá-los totalmente destruídos no
mar do esquecimento. "Os bezerros", nem sempre são palpáveis,
mas, muitas vezes, para nós, invisíveis. Contudo, acabam por
impedir um relacionamento íntimo, sincero e obediente a Deus.
Moisés estava no Monte Sinai com Deus. Sem tempo, nem mesmo
intenção de possuir um "objeto mágico". O ócio, a falta de fé e de obediência,
levou os Israelitas ao pecado: "faze-nos deuses, Moisés não vai voltar" Ex38: 1.
Fabricando "bezerros"
Já fabriquei muitos "bezerros", quando estive no "deserto". Tinha
um para cada ocasião. Não tinha intimidade com Deus, apesar
de achar o contrário. Fui miserável! Tendo que de dura forma,
aprender que não precisava deles.
"Os bezerros", ainda teimam em aparecer, mas, não podem correr.
Tão pouco, me alcançar. Quando vejo a sombra deles, clamo ao
Cordeiro de Deus, sei que Ele sempre irá me sustentar.
O "bezerro" de Ló
Quando Deus destruiu Sodoma e Gomorra, Ló foi socorrido por
anjos que lhe disseram: "Escapa para o monte para que não pereça".
(Gn19: 27). Imediatamente Ló sacou o seu "bezerro": "Não,
para o monte não! Vou morrer! (Gn18: 23). Ló, assim como os israelitas,
estava distante e não entendeu o propósito do monte.
Tempos depois, Ló viu que não era negócio habitar em Zoar
(onde escolhera), e resolveu ir para onde Deus havia lhe ordenado:
A cidade que ficara no monte. Ele já estava velho, deixara muitas
oportunidades para trás. Suas filhas, não casaram em Zoar e agora "
fabricavam seus bezerros" embebedando o pai e engravidando dele.
Uma triste história. (Gn 19:30)
"bezerro" de Sara
Falta de fé sempre dá lugar a "bezerros". Foi assim também com Sara.
Cansada de esperar a promessa do filho, não hesitou: "Toma, pois,
a minha serva; porventura terei filho dela". (Gn 16:2). A "adoração"
rendeu caro, Ismael, filho de Abraão com Agar, até os dias atuais traz
inimizades para Israel.
Silêncio não é ausência
Os Israelitas não suportaram esperar Moisés descer do monte.
O silêncio os perturbou. Acharam que Deus havia se esquecido
deles, ou mesmo, que já não havia Deus.
Rejeitando o "bezerro"
Satanás construiu "bezerros de ouro" para Jesus, quando da tentação
no deserto. Aliás, ele era o próprio "bezerro".
"Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães". Mt 4:9.
Jesus estava faminto, 40 dias e 40 noites sem comer.
E o "bezerro fabricado", bem ali, na sua frente.
"Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a
Palavra que sai da boca de Deus”. Mt4:4.
Jesus ignorou o "bezerro". Sabia que precisava esperar um pouco mais,
embora seu estômago pedisse comida. Ele recorreu a Dt: 3 e foi sustentado
No monte com Moisés
Moisés foi o único, da nação israelita, a subir o monte.
Uma demonstração de intimidade com Deus, que os demais não tinham.
40 dias e quarenta noites a sós com Deus, tal qual Jesus no deserto.
Quando Moisés desce do monte, demonstra tanta revolta pelo
bezerro fabricado que se ira e quebra as tábuas do mandamento
que recebera de Deus. Em um segundo; se distanciou, perdeu a comunhão.
Ex 32: 19,20. Deus o fez subir ao mesmo monte e renovar à comunhão.
Dessa vez, ao descer, o rosto de Moisés resplandece. Ex34: 29.
Se estivermos em comunhão com Deus e mesmo assim
"fabricamos bezerros", precisamos, imediatamente, restabelecermos
a comunhão, subir novamente ao monte, conversar, passar tempo
se quebrantando diante de Deus, para que o nosso rosto resplandeça
e Ele se agrade de nós.
A voz de Deus em meio ao silêncio
A voz de Deus em meio ao silêncio
O que os Israelitas não sabiam, era que, o silêncio, a demora
de Moisés, significava Deus trabalhando.
Se verdadeiramente buscamos a Deus com todo o nosso coração,
Ele sempre, mesmo em tempos de tribulação, nos conduzirá a lugares seguros.
A tribulação, não é silêncio de Deus, mas, Deus falando conosco
de uma forma diferente.
Se rejeitarmos os "bezerros" vamos poder ouvir, nos tempos difíceis:
"Não temas, porque Eu Sou contigo; não te assombres,
porque Eu Sou o Teu Deus; Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento
com a destra da minha justiça" Is 40:10.
Todos nós experimentamos do silêncio de Deus, quando isso ocorrer,
Todos nós experimentamos do silêncio de Deus, quando isso ocorrer,
lembre-se: Não "fabrique bezerros", "suba ao monte".
Wilma Rejane