quarta-feira, 1 de julho de 2015

Sobre a ideologia de gênero nas escolas



Wilma Rejane

No dia 26 de Junho de 2015, a Suprema corte dos 
Estados Unidos oficializou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. 
A decisão está sendo bastante comemorada não apenas naquele país, 
mas no mundo todo, visto que os E.U.A têm grande influência no 
cenário econômico e social. O que está acontecendo a nível mundial 
é uma tendência que não poderá ser freada, pois é resultado da 
corrupção do gênero humano. Falo com tristeza, não com ódio 
ou espírito de rivalidade.

Já no Brasil, muito se comenta sobre a ideologia de gênero nas
escolas. Segundo essa ideologia,toda criança nasce sem
definição sexual. Ou seja, não é menino ou menina. Ela
escolhe que sexo assumirá. A sexualidade seria, portanto,
 uma construção cultural.

O que poucos sabem é que esse assunto não é tão atual assim,
ele teve inicio com o 14º Congresso Mundial de Sexologia
ocorrido em Hong Kong na China entre 23 e 27 de Agosto de 1999.
Neste congresso ficou instituido que a sexualidade é parte
integral da personalidade de todo ser humano e
deve ser construída por meio de interação entre indivíduos
 e as estruturas sociais. A "construção" da sexualidade, portanto,
 não é uma invenção do governo petista brasileiro, mas
 resultado de especulação cientifica aliada a uma pedagogia
moderna. A influência desse Congresso sobre as orientações
de gênero nas escolas brasileiras pode ser conferida  no Guia
Escolar 2011 elaborado pelo Governo Federal. Em um dos
tópicos sobre Orientação sexual no currículo, capítulo três,
página 56 se lê:

Objetivos dos Temas transversais dos Parâmetros
Curriculares para infância e adolescentes:

•Respeitar a diversidade de valores, de crenças e de
comportamentos relativos à sexualidade,desde que seja
garantida a dignidade do ser humano.
•Compreender a busca de prazer como uma dimensão
saudável da sexualidade humana.
•Conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como
condição necessária para usufruir de prazer sexual.
•Reconhecer como determinações culturais as características
 socialmente atribuídas ao masculino e ao feminino,
posicionando-se contra discriminações a elas associadas.

Ou seja: sexualidade é construção, é algo metafísico que
não apenas transcende a biologia como também a ignora.

Há nesse contexto a acusação de que essa construção
da sexualidade seja fruto de ideologia marxista socialista.
 Estranho é saber que Karl Marx  jamais tratou de
construção de sexualidade. Sua obra fala sim de uma construção
 social derivada do poder do capital sobre o operário,
fala do fetiche da mercadoria e das relações sociais como
sendo produtos do capital, de uma opressão capitalista
 alienante que norteia comportamentos. O mundo
capitalista seria então uma construção de dominação entre
capital x operários, capital x mercadorias, capital x relações sociais.
 Marx expôs brilhantemente a efervescência do capitalismo;
 o problema são os adeptos de Marx, estes que querem
implantar a ideologia socialista histórica em todas as áreas
 da esfera social. Em nome de uma "desalienação" acabam
se alienando, perdendo a noção de moralidade e valores. 

Agora, convenhamos, construção é educação, é convivência.
Então, por que há tanta aversão pelo cristianismo
quando este combate o homossexualismo como sendo
uma construção social? Se sexualidade é construção então,
significa dizer que qualquer pessoa pode ser o que quiser.
 Na verdade, essa tão apregoada construção só é defendida
 quando contraria a natureza. Não basta se construir a partir
da sexualidade natural e filial de ser homem e mulher. Essa
construção que se apregoa no presente século precisa desconstruir
 o que Deus fez para construir o que a vontade e os instintos querem.
Neste ponto a construção é válida. E aqui também defendo que
essa construção é marxista, socialista, histórica, pois a base
 do marxismo é a contradição. Tem contradição maior do que
 dizer que sexualidade é construção, mas ser homossexual não é construção?

Que Deus nos ajude a enfrentarmos esses dias maus.
Que o mundo possa compreender que o amor de Deus transforma
e que somente Jesus Cristo Salva e que nenhuma construção humana
 se equipara a criação Divina. 

Referência:

Guia escolar: identificação de sinais de abuso e exploração
 sexual de crianças e adolescentes /Benedito Rodrigues dos
 Santos, Rita Ippolito – Seropédica, RJ:EDUR, 2011

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