Observando a
ética dos profetas bíblicos, perceberemos uma relação do chamado profético com
aquele que é convocado e por parte de quem chama; há uma natureza moral no
homem que responde a este chamado, voltando-se para Deus, buscando um padrão
ético social no cumprimento de sua missão de comunicar a mensagem divina e
viver de maneira compromissada com ela. Os profetas falam de ‘ver Deus’, ‘ouvir
Deus’, ‘perceber Deus em fenômenos da natureza’, etc. Quando a experiência é
comunicada, esta comunicação se utiliza dos meios e mecanismos próprios da linguagem na respectiva
cultura e época.
Em nossa
contemporaneidade precisamos de elementos inspiradores no campo da ética
voltado para o desenvolvimento da missão de anunciar os desígnios do Senhor
eticamente, sem o corrompimento da mensagem em nome dos interesses pessoais,
que afastam princípios e distanciam muitos da ética e do moral.
A ética e o
valor do ser humano devem ser observados a partir de nós mesmos, enquanto parte
inserida nesse processo de conseqüência daquilo que estamos desenvolvendo com o
semelhante, enquanto anunciadores da voz divina que se expressa em nós, quando
estamos voltados para ele. Outra
observação interessante é que uma experiência pessoal do profeta leva-o a
fortalecer a sua mensagem, dando-o autoridade para pregar ao povo a vontade de
Deus que já foi experimentada no próprio profeta.
Geralmente o
profeta era chamado por Deus para anunciar a denuncia, o pecado do povo, o
caminho errado em que por muitas vezes o povo trilhou, mas também chamado para
consolar o povo e trazer-lhe esperança; dentro desse contexto a ética é de
fundamental importância para que o profeta fale a verdade, não omitindo aquilo
que Deus queria que ele falasse e aí nessa questão a ética não podia faltar, ao
contrário do que se ver em nossos dias, onde a profecia é para agradar,
massagear o ego de muitos que querem apenas ouvir coisas boas e quando a
palavra é de repreensão se afastam e aqui nesse ponto a ética do profeta, do
mensageiro tem que existir a cima dos favores, acima das contribuições para que
o profeta não venha a se corromper, fragilizando assim o anuncio da verdade e
apagando a ética, o moral e os bons costumes.
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